Dados do Trabalho


Título

HEPATITE E ICTERICIA DECORRENTE DO DESENVOLVIMENTO DA DENGUE GRAVE EM GESTANTE

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença febril aguda de etiologia viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. A incidência estimada do número real de infecções anuais variam de 284 a 528 milhões. A infecção pode ser causada por quatro sorotipos antigenicamente e geneticamente distintos, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 que estão associados a diferentes resultados clínicos. A dengue clássica cursa com sintomas como febre, artralgia, mialgia, cefaléia, dor retro-orbitária, prostração e exantema. Já a dengue grave envolve extravasamento de plasma, trombocitopenia, fenômenos hemorrágicos, elevação de transaminases e, em casos mais intensos, insuficiência circulatória.

Objetivos

OBJETIVOS: Objetivo de descrever uma paciente gestante que apresentou um quadro ictérico, com comprometimento da função hepática, além de fenômeno hemorrágico durante a ocorrência de uma dengue grave.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: O método usado para este relato de caso foi por meio de análise de prontuário.

Resultados

DESCRIÇÃO DE CASO: Feminina, 20 anos, residente de São João da Barra, grávida de 24 semanas, G2P1A0. História de pré-eclâmpsia em gravidez prévia, mas sem intercorrências atuais relacionadas a isso. Sem histórico de hepatites ou outras comorbidades. Vacinação completa. Iniciou quadro sugestivo de dengue com exantema maculopapular em ambos os membros inferiores, prurido e dor no andar superior do abdômen a palpação superficial e profunda e ao realizar esforços. Foi internada pela obstetrícia do hospital, onde foi confirmado dengue pela sorologia. Evoluiu com icterícia 2+/4+, epistaxe, cefaléia, mialgia e petéquias em MMII. Demais aspectos do exame físico estavam normais. Foi transferida para UTI devido a rápida plaquetopenia, a qual chegou a 11.000. Além disso, TGO 427,1; TGP 182,8; LDH 679,7, PCR 71,2. bilirrubina total 5,70, bilirrubina direta 4,80 e bilirrubina indireta 0,90; leucócitos 2.740. Foi tratada adequadamente, principalmente com hidratação severa, até estabilização, recebendo alta.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: O processo inflamatório decorrente da infecção por esse vírus causa uma lesão parenquimatosa hepática que libera as aminotransferases no sangue na fase aguda da doença e compromete a função hepática. Além disso, a dengue possui como principal marcador fisiopatológico o extravasamento de plasma, derivado do aumento da permeabilidade capilar, gerando manifestações hemorrágicas.

Palavras Chave

Dengue, Sintomas, Função hepática, Hemorragia, Grávida.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MILA QUEIROGA RAMOS, LIZ STÉFANIE MORAIS VIANA, MARESSA PEREIRA PESSANHA, MARIA FERNANDA ESCOCARD SANTIAGO, LUIZ JOSÉ DE SOUZA