Dados do Trabalho


Título

DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DE DPOC EXACERBADA POR CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) sugere várias etiologias, sendo incomum pelo patógeno Cryptococcus neoformans.

Objetivos

Relatar a moléstia DPOC exacerbada e avaliar sinais de gravidade para melhor condução de tratamento e prognóstico.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 69 anos, tabagista 30 anos/maço com histórico patológico progresso de DPOC. Nega outras comorbidades e uso de medicamentos contínuos.
Paciente admitido em Unidade de Pronto Atendimento em 9 de Junho de 2023 por dor em andar superior do abdome, cefaleia e fraqueza de membros inferiores há 5 dias. Encaminhado a hospital da região por dispneia e insuficiência respiratória de instalação abrupta. Apresentava saturação de 90%, crepitantes bilateralmente em base e rebaixamento de nível de consciência (RNC).
Na admissão do hospital, paciente é encontrado hipotenso, entubado e em uso de drogas vasoativas. Sem outras alterações semiológicas. Como conduta, são solicitados exames laboratoriais, de cultura e Tomografia de Tórax levando a hipótese diagnóstica de DPOC exacerbado. Paciente é assistido em leito de enfermaria e submetido à passagem de cateter venoso central, prosseguindo para internamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 10 de junho de 2023.
Na UTI, é prescrito tratamento empírico com Ceftazidima e Azitromicina por 10 dias e mantida entubação com Precedex para melhora dos sintomas. Retorna ao leito de enfermaria no dia 19 de Junho de 2023 em uso de Tazocin e extubado.
Dia 23 de junho de 2023, paciente apresenta hipossaturação e RNC, associado a esforço respiratório em uso de musculatura acessória. Durante exame físico, mostra-se afebril, Glasgow 3, taquipneico, hipotenso e taquicardico. Novos exames de cultura são solicitados, assim como coleta de líquor. Na investigação, pesquisa positiva para Cryptococcus neoformans em ambos os testes.
Inicia novo esquema terapêutico em UTI com Meropenem, Vancomicina, Fluconazol e Anfotericina B. Paciente evoluiu bem com o tratamento guiado por culturas. Dia 29 de Junho recebe alta da UTI seguindo tratamento ambulatorial. Paciente recebe orientações para vigilância de função renal e é guiado para futuros cuidados domiciliares.

Conclusões/Considerações Finais

A evolução clínica variável e a diversidade de patógenos causadores da DPOC exacerbada prejudicam e atrasam o diagnóstico preciso. Por conseguinte, a escolha de medicamentos para tratamento sofre influência dos resultados clínicos e exames complementares.

Palavras Chave

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Cryptococcus neoformans, rebaixamento do nível de consciência.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

KALIANDRA SCHREINER CRUZ, CAROLINE UTUARI COSTA , LETICIA RIBEIRO COSTA