Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO DA ANSIEDADE NO SURGIMENTO OU AGRAVO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Fundamentação teórica/Introdução

A ansiedade é um mecanismo fisiológico de defesa do ser humano, através do qual o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e o Sistema Nervoso Autônomo (SNA), preparam o organismo para situações de luta ou fuga. Entretanto, a ansiedade se torna patológica quando as respostas do corpo são exageradas ou desproporcionais em relação aos estímulos ambientais, caracterizando os eventos como experiências desagradáveis que interferem na qualidade de vida do indivíduo. As doenças cardiovasculares (DCV) são líderes de mortalidade no Brasil, cujos números de mortes correspondem a 30% do total nacional. Assim, ao relacionar a ansiedade às DCV, percebe-se a intersecção entre as patologias. Como prova disso, exemplificando em relação à Insuficiência Cardíaca (IC), dados dos EUA revelam que a prevalência de ansiedade em pacientes com IC se encontra na faixa de 18% a 63%.

Objetivos

Descrever e analisar o impacto da ansiedade no surgimento ou agravo de doenças cardiovasculares.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional descritivo, os dados foram obtidos na base de dados Medline, os quais confirmam a relação entre a ansiedade e DCV.

Resultados

Os principais fatores modificáveis para a prevenção de DCV incluem hábitos de vida, indicadores fisiológicos e bioquímicos, no entanto, a ansiedade também é relatada como fator alterável por uma série de pesquisas. Inclusive, mesmo em pacientes inicialmente saudáveis, com ausência de qualquer alteração desses indicadores, a ansiedade crônica isolada está associada ao aumento do risco de surgimento de DCV. Isso ocorre devido ao desequilíbrio do eixo HHA e do SNA, que contribui, por exemplo, para o desenvolvimento de aterosclerose e eventos tromboembólicos associados. Ainda, pesquisas indicam que o intervalo QT de um ECG de 12 derivações é maior em pacientes com alta ansiedade. Nesse sentido, a ansiedade aumenta a predisposição de arritmias cardíacas, pois modifica a repolarização ventricular, diminuindo o limiar de fibrilação ventricular. Outrossim, foi destacado a proteína C-reativa como marcador preditor de eventos cardiovasculares, a qual se encontra elevada em pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC) e ansiedade simultaneamente, mas não em pacientes que possuem apenas DAC. Por fim, destaca-se o papel da ansiedade no agravamento de DCV anteriores, como a IC.

Conclusões/Considerações Finais

A ansiedade contribui para o surgimento e agravo de doenças cardiovasculares pré-existentes.

Palavras Chave

ansiedade; doença cardiovascular; risco cardiovascular.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

ITPAC - Tocantins - Brasil, UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

LIVIA MARIA DE SOUSA NUNES, THIAGO SOARES SILVA BRAZ, KATARYNNE DIAS CHAVES, NAYLLA THAÍSA SILVA, AXEL ROCHA ALENCAR COSTA