Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 X HEPATITE C NA POPULAÇAO ADULTA DO BRASIL, ENTRE 2017 E 2020

Fundamentação teórica/Introdução

As hepatites são a maior causa de transplantes hepáticos no mundo, entre elas está o vírus C (HCV), já a diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doença muito relacionada entre os portadores do HCV, possui sintomas muito sugestivos. Isso ocorre devido ao aumento da resistência à insulina provocada pela infecção do vírus

Objetivos

Descrever os aspectos epidemiológicos de pacientes com HCV e sua relação com a DM2 no Brasil no período de 2017 a 2020

Delineamento e Métodos

Os dados foram obtidos no SINAN, provenientes do DATASUS, período de 2017 a 2020, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), publicados em 2019. A população do estudo foi; brasileiros, adultos, entre 40 a 59 anos, diagnosticados com HCV e DM2. Foram analisados: sexo, região, idade, forma clínica e etiologia. Aplicou-se estatística descritiva pelo do programa Microsoft Excel.

Resultados

O DATASUS aponta no Brasil 66.913 diagnósticos de HCV. Sendo 4,22% a forma aguda, 83,5% crônica e 0,2% fulminante. Com relação ao sexo 42,65% feminino e 57,3% masculino. Por região, o Sudeste tem maior número de casos 46,6%. Predomínio de 40-59 anos com 51%. Quanto à etiologia, a via sexual maior prevalência, 10,64%. Segundo IBGE o total de pessoas com diagnóstico de diabetes na mesma faixa etária é de 1.579.598. Em relação ao sexo, 53,4% sexo feminino e 46,6% masculino. Referente a região, o Sudeste tem maior número de casos 40,7%. Para a SBH, o HCV tem associação forte com DM2, o risco de um paciente diabético ter hepatite C é de 4% a 10%, enquanto na população sem diabetes é de 0,7% a 1%. Compreende-se que pacientes com DM2 têm prevalência aumentada de infecção pelo HCV, pois o mecanismo de infecção aumenta a resistência insulínica com ação de citocinas, como a interleucina 6 e fator de necrose tumoral, que se elevam devido a inflamação pelo HCV. O predomínio da hepatite crônica no sexo masculino 40-59 anos, constata-se mais atitudes que os expõem ao vírus, como relações sexuais sem uso de preservativos, e por ser uma infecção latente e silenciosa a apresentação do quadro clínico geralmente é tardio

Conclusões/Considerações Finais

Através dos dados evidencia-se a relação entre essas duas doenças tão prevalentes na sociedade, salientando que a infecção pelo HCV pode conduzir a uma piora da resistência insulínica e com isso, levar ao desenvolvimento do DM2. Mais pesquisas são necessárias para elucidar os mecanismos subjacentes dessa relação e guiar intervenções mais eficazes.

Palavras Chave

Diabetes Mellitus tipo 2; Hepatite viral C; Resistência insulínica, Brasil.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Pequeno Príncipe, FPP - Paraná - Brasil, Fundação Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil, Universidade de Vila Velha, UVV - Espírito Santo - Brasil

Autores

ELISA ANDRADE DE FARIA, ANDRESSA ZACCHI BAZZARELLA, SABRINA PINA FINGER, LUIZA FLÁVIA ANTUNES, SAMILLYS VALESKA BEZERRA DE FRANÇA SILVA