Dados do Trabalho


Título

QUALIDADE DE VIDA DE ESTUDANTES UNIVERSITARIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 EM SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 gerou um ambiente caótico e sombrio, resultando em um período de incertezas que levou a mudanças radicais na rotina diária das pessoas e afetou diretamente o bem-estar psicológico em consequência da ameaça existencial, aumento da mortalidade e rotina prejudicada. Com as mudanças para o ensino remoto, os estudantes tiveram que lidar com novas formas de viver seu cotidiano de estudos, que, somado ao sofrimento psíquico próprio da pandemia, afetou a qualidade de vida (QV).

Objetivos

OBJETIVOS: Avaliar a QV de estudantes universitários durante a pandemia da COVID-19 em Santa Catarina, Brasil.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Estudo observacional transversal com abordagem quantitativa, realizado entre junho e dezembro de 2021 em uma universidade particular de Santa Catarina, Brasil. Foi utilizado um questionário sociodemográfico e WHOQOL-bref.

Resultados

RESULTADOS: Dentre os 310 estudantes avaliados, a maioria era do sexo feminino (80,1%), branca (89,7%) e solteira (81,9%). A média de idade dos estudantes foi de 24 anos. A respeito do aumento de óbitos pela COVID-19, 52,6% consideraram a situação um pouco assustadora e 76,9% relataram gerar impacto psicológico. Com relação aos sentimentos despertados pela COVID-19, relataram ansiedade (71,9%), tristeza (65,2%), raiva (33,5%) e medo (67,1%). Os domínios físico e psicológico foram afetados significativamente (p < 0,001) quando comparados aos demais domínios. Estudantes do período noturno e vespertino foram mais afetados quando comparados ao período integral nos domínios relações sociais (p = 0,047), meio ambiente (p < 0,001) e geral (p = 0,023). Sofreram maior impacto psicológico, aqueles que residiam com crianças e idosos quando comparados aos que residiam apenas com idosos (p = 0,023).

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES: No geral, foi constatado que alunos com diferentes perfis sociodemográficos possuíam diferentes pontuações na percepção de QV, com impactos negativos observados principalmente naqueles que eram viúvos ou conviviam com crianças e idosos. Além disso, acadêmicos que estudavam nos períodos matutino, vespertino e noturno tiveram sua QV afetada negativamente. Os dados encontrados realçam a importância de desenvolver melhorias e estruturas de assistência psicológica e social que auxiliem os grupos mais afetados durante períodos semelhantes ao apresentado, tendo em vista os impactos negativos gerados na QV dos grupos supracitados.

Palavras Chave

COVID-19; Saúde Mental; Isolamento social; Estudantes; Ensino Online.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MARIO AUGUSTO GHELLERE MILANEZ, GABRIEL DOS SANTOS MEISTER, KRISTIAN MADEIRA, SAMIRA DA SILVA VALVASSORI, MARIANA MASCHMANN MESQUITA