Dados do Trabalho


Título

DENGUE NO BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DAS INTERNAÇOES NOS ULTIMOS 5 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

Infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue persiste como um problema de saúde pública no Brasil. É uma doença tropical que muitas vezes é negligenciada por seus sintomas inespecíficos e difícil diagnóstico, mas que pode evoluir rapidamente para choque e morte.

Objetivos

Estudar a frequência e o perfil epidemiológico das internações por dengue no Brasil no período de abril de 2018 a abril de 2023.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo quantitativo, que analisou o perfil epidemiológico das internações por dengue com dados obtidos por meio das Informações de Saúde (TABNET) pela plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de abril de 2018 a abril de 2023, utilizando a Classificação Internacional de Doenças (CID 10 – 032.1). Foram avaliadas as variáveis de dados dos números de internações por região, faixa etária, sexo, raça e óbitos.

Resultados

Foram 173.361 internações por dengue no Brasil no período avaliado. As maiores incidências foram nas regiões Sudeste e Nordeste, com 55.454 e 42.660 hospitalizações, respectivamente. As principais faixas etárias acometidas foram de 30 a 39 anos com 20.706 casos e de 40 a 49 anos com 20.188 casos. Houve 91.373 internações do sexo feminino, correspondendo a 52,7% do total. Já a raça mais acometida foi a parda, com 73.407 casos, seguida da branca, com 56.084 casos. Do total de internações, 1.174 evoluíram para óbito, com taxa de mortalidade de 0,68%. De abril de 2018 a outubro de 2020 houve 95.857 internações, já no período de outubro de 2020 a abril de 2023 foram observadas 77.933 hospitalizações.

Conclusões/Considerações Finais

Observa-se que as internações por dengue no Brasil afetam principalmente indivíduos de 30 a 49 anos, das raças parda e branca, com tendência para o sexo feminino. Apesar do presente estudo mostrar redução no número de internações entre 2018 e 2023, bibliografias atualizadas evidenciam aumento da incidência da doença no Brasil. Esta discrepância pode estar relacionada à subnotificação de casos e menos hospitalizações pela doença durante a pandemia da Covid-19, quando os leitos hospitalares estavam destinados aos casos graves afetados pelo SARS-CoV-2. Conclui-se que o conhecimento da frequência e perfil de hospitalizados pela dengue no Brasil é essencial para o profissional da saúde, a fim de prover medidas para prevenir a transmissão e diagnosticar precocemente a doença, visando iniciar o tratamento de suporte imediato e evitar evoluções desfavoráveis.

Palavras Chave

Dengue; Aedes; Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

GABRIEL HENRIQUE SILVA MOREIRA, CAIO PEREZ MORAIS DE JESUS, GIORGIA LABATUT, ISABELA OLIVEIRA DE MIRANDA, JOÃO PAULO DE LANES BASTOS