Dados do Trabalho


Título

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NO BRASIL: UM PERFIL EPIDEMIOLOGICO E COMPARATIVO DAS HOSPITALIZAÇOES NO BRASIL NO PERIODO DE 2019 A 2022

Fundamentação teórica/Introdução

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma emergência cardíaca recorrente, com morbimortalidade relevante. O seu manejo foi substancialmente aprimorado nas últimas décadas. Entretanto, persiste sendo uma das principais causas de morte entre os brasileiros, sendo, assim, de grande importância o seu estudo epidemiológico.

Objetivos

Analisar a frequência e o perfil epidemiológico das internações por IAM na população brasileira no período de janeiro de 2019 a
dezembro de 2022.

Delineamento e Métodos

Estudo quantitativo, transversal, que analisou dados epidemiológicos das internações por IAM no Brasil, com dados obtidos no Sistema
de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizadas na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no período de janeiro de 2019 a março de 2022, pesquisando, na Classificação Internacional de Doenças, o descritor "Infarto Agudo do Miocárdio" (CID 10 - I21). As variáveis analisadas foram "ano", "caráter de atendimento", "faixa etária", "sexo",
"cor" e "mortalidade".

Resultados

Foram registradas 261.640 internações por infarto agudo do miocárdio, de 2019 a 2020, e 303.701, de 2021 a 2022, resultando
em um total de 565.341 hospitalizações no período de 4 anos. Destas, 90,61% foram em caráter de atendimento de urgência e, apenas, 9,38% em caráter eletivo. As faixas etárias mais acometidas foram dos 60 aos 69 e dos 50 aos 59 anos, com, respectivamente, 175.731 e 135.459 hospitalizações, correspondendo, somadas, a, aproximadamente, 54,9% do total. O sexo masculino figurou como predominante no número de internações, totalizando 360.076. A principal cor/raça acometida foi a branca, com 224.791 hospitalizações, correspondendo a 39,76% do total. No sexo masculino, a taxa de mortalidade foi de 8,4%, enquanto, no feminino, foi de 11,4%. A taxa de mortalidade geral foi de 9,41%.

Conclusões/Considerações Finais

Houve um aumento de 16,07% nas hospitalizações por IAM no Brasil no período de 2021 a 2022, quando comparado ao período de 2019 a 2020. Trata-se de um aumento preocupante, considerando tratar-se de uma patologia que apresenta alta morbimortalidade. Ademais, o predomínio de internações no sexo masculino, paralelo a uma maior taxa de mortalidade no sexo feminino, evidenciam que a doença é mais agressiva nesse último. Dessa forma, esse entendimento é fundamental na prevenção e direcionamento do tratamento adequado, a fim de evitar a evolução da doença com complicações que aumentem a morbimortalidade.

Palavras Chave

Infarto_do_Miocárdio; Sistema_Único_de_Saúde; Epidemiologia

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ALINE MENEGHETTI CASTANHO DIAS, MANUELA TRINDADE DA SILVA, MARIA MICHELLE FERREIRA RODRIGUES, PIETRA DE MATOS FREITAS, GIORGIA LABATUT