Dados do Trabalho

Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA HEPATITE B NO BRASIL NOS ULTIMOS 10 ANOS: AVALIAÇAO DO IMPACTO DA COBERTURA VACINAL NA PREVENÇAO DE INTERNAÇOES E OBITOS

Fundamentação teórica/Introdução

A hepatite B é uma enfermidade hepática viral causada pelo vírus da hepatite B (HBV), podendo resultar em sequelas sérias, como cirrose e carcinoma hepatocelular. A vacinação contra o HBV é uma estratégia vital para a prevenção, estimulando respostas imunológicas específicas e atuando de forma efetiva na contenção da propagação viral e redução do ônus da doença na saúde pública.

Objetivos

Analisar a epidemiologia da hepatite B nos últimos 10 anos, relacionando-a com a cobertura vacinal nas diferentes regiões do Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e quantitativo, utilizando dados obtidos através da plataforma online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população analisada compreendeu pacientes notificados com internações e óbitos por hepatite B aguda em todo o Brasil entre os anos de 2012 e 2022. As variáveis utilizadas incluem regiões, faixas etárias, sexo, cor/raça. Além disso, analisou-se os dados de cobertura vacinal nas diferentes regiões do país. O Microsoft Office Excel® foi utilizado para análise dos dados e confecção dos gráficos avaliados.

Resultados

Ao longo dos últimos 10 anos, os dados revelaram que a maior proporção de internações devido à hepatite B aguda ocorreu na faixa etária de 45 a 64 anos (42,48%), entre indivíduos da cor/raça parda (48,43%), do sexo masculino (64,83%), e na região nordeste (44,43%). De forma semelhante, os óbitos mais frequentes também se concentraram na faixa etária de 45 a 64 anos (46,25%), entre indivíduos da cor/raça parda (49,93%), do sexo masculino (68,53%), e na região nordeste (44,81%). A segunda região com maiores taxas de internações e óbitos foi a região sudeste (26,55% e 28,69%, respectivamente), enquanto a região centro-oeste apresentou os menores números (6,76% e 7,05%, respectivamente). Quanto à cobertura vacinal, a região com maior índice foi a centro-oeste (85,12%), seguida pelas regiões nordeste e sudeste, com taxas de 80,35% e 81,29%, respectivamente. A região norte teve a menor cobertura vacinal (76,65%).

Conclusões/Considerações Finais

Este estudo ecológico destaca a relevância da hepatite B como um problema de saúde pública no Brasil nos últimos 10 anos, com maior vulnerabilidade em pacientes de 45 a 64 anos, cor/raça parda, sexo masculino e na região nordeste. Além disso, enfatiza que a cobertura vacinal influencia diretamente na prevenção de internações e óbitos relacionados à hepatite B, sendo regiões com maior cobertura, como a centro-oeste, associadas a menores incidências de casos graves.

Palavras Chave

Hepatite B; Cobertura Vacinal; Epidemiologia.

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Área

Clínica Médica