Dados do Trabalho


Título

MANEJO DE CONGESTAO REFRATARIA: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA COM FRAÇAO DE EJEÇAO DE 8%

Fundamentação teórica/Introdução

Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome caracterizada por uma disfunção cardíaca que no contexto de agravamento da doença cardiovascular pode desenvolver uma disfunção renal.

Objetivos

Avaliar a evolução de síndrome Cardiorrenal (CRS) em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada.

Delineamento e Métodos

Coleta de dados de prontuário clínico.

Resultados

Paciente masculino, 44 anos, admitido na enfermaria por quadro de dispneia aos mínimos esforços, dor torácica e edema em membros inferiores, que iniciou há cerca de um ano, com piora nos últimos 20 dias. Paciente até então sem comorbidades conhecidas. Realizado diagnóstico de HIV no primeiro dia de internação. Seguiu investigação com radiografia de tórax que revelava coração de dimensões aumentadas e eletrocardiograma com sinais de sobrecarga ventricular esquerda com sinais de hipertrofia e um ecocardiograma transtorácico com ventrículo esquerdo com déficit sistólico global de grau severo com fração de ejeção pelo cálculo de Simpson de 14 %. Em seguida, submetido a Ressonância Magnética de coração com contraste que sugeriu cardiomiopatia secundária a agressão endocárdica com fração de ejeção de 8%. Apresentava desde admissão sintomas de congestão, e tendência a hipotensão, bem como outros sintomas de baixo débito, quando iniciou tratamento de insuficiência cardíaca congestiva com diuréticoterapia, furosemida na dose 1 mg/Kg. Após melhora dos sintomas congestivos, iniciou em baixa dose inibidor de conversão de angiotensina (IECA), e betabloqueador, sem tolerar progressão por instabilidade hemodinâmica. Ainda na internação, evolui com sepse de provável foco pulmonar, quando em unidade de terapia intensiva iniciou o inotrópico endovenoso dobutamina. Em tentativa de desmame de dobutamina após 15 dias em unidade intensiva, em uso de IECA e diurético, evolui com elevação de escórias nitrogenadas. Discutido entre a equipe assistente, a equipe de cuidados paliativos e o paciente um plano de cuidado, e o paciente ciente sobre possíveis cenários que possam ocorrer no processo ativo de morte, optou pela alta hospitalar, com manutenção de tratamento com diurético de alça furosemida e digitálico digoxina.

Conclusões/Considerações Finais

A lesão renal aguda tem alta prevalência em pacientes com insuficiência cardíaca crônica descompensada, caracterizando o que chamamos de Síndrome Cardiorrenal (CRS), e essa condição está associada a um pior prognóstico.

Palavras Chave

insuficiência cardíaca congestiva, síndrome cardiorrenal

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário de Sergipe - Sergipe - Brasil

Autores

BRUNA SOUSA LINS, ELISANDRA DE CARVALHO NASCIMENTO, MATHEUS BISPO LIMA