Dados do Trabalho


Título

TITULO: PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS ACIDENTES LOXOSCELICOS FORMA EDEMATOSA EM FACE ATENDIDOS PELO CIATOX-PARANA ENTRE 2014 E 2022

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO: No Brasil, preponderam os acidentes araneídicos pelo gênero Loxosceles, em sua maioria na Região Sul, mais especificamente Paraná e Santa Catarina. Dentre as formas clínicas descritas, o loxoscelismo cutâneo (LC) é a mais frequente, além de ser limitada e benigna, mas que pode evoluir para uma variante, o loxoscelismo cutâneo com predomínio de edema (LCPE), principalmente em face.

Objetivos

OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos acidentes loxoscélicos forma edematosa em face ocorridos no estado do Paraná.

Delineamento e Métodos

MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo e descritivo. A amostra é composta por 76 casos atendidos no Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox/PR), em Curitiba, no período de 2014 a 2022.

Resultados

RESULTADOS: Em relação ao perfil epidemiologico, 69,9% dos casos pertencem ao sexo feminino, com idade média de 34,9 anos, com 71% dos casos ocorridos em Curitiba e Região Metropolitana, sendo 89,4% em zona urbana. Os acidentes ocorreram majoritariamente no verão (42,5%) e na primavera (34,2%). Em 97% dos casos houve identificação da Loxosceles sp pelo CIATox/PR. As principais manifestações apresentados na admissão foram: edema (95,8%) e dor locais (79,5%), edema em hemiface da picada (44%), área pálida (24%), dermonecrose (6%), e edema contralateral a hemiface da picada (5%). 42,8% dos pacientes apresentaram sintomas sistêmicos: rash cutâneo (13%); cefaleia (11%); febre (3%); astenia (2,7%); febrícula (1,4%) e mialgia (1,4%). No tratamento, foi realizada a soroterapia em 50% dos casos, sendo em 56,8% destes utilizada SAAR e em 43,2% SALOX, com um tempo médio entre o acidente e o início da soroterapia de 25,6 horas.

Conclusões/Considerações Finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O perfil epidemiológico de nosso estudo consiste em uma mulher adulta, cujo acidente ocorreu em sua residência urbana, podendo correlacionar-se ao papel ainda desempenhado em muitas famílias brasileiras, como cuidadora do lar ou ainda, em home-office. Tanto a predominância das estações quentes quanto o quadro clínico mais restrito à região da picada, relaciona-se com o próprio ciclo biológico da aranha e interação de seu veneno com o tecido frouxo, respectivamente. O baixo número de relatos de LCPE, em comparação aos outros tipos de loxoscelismos, reflete-se na dificuldade de identificação.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVE: loxosceles, aranhas, forma edematosa.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

BRUNA SEFFRIN SOARES, LEANDRO ROBERTO WOJCIK, DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA, RAMON CAVALCANTI CESCHIM