Dados do Trabalho


Título

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES GERAIS E ORAIS EM INDIVÍDUOS VACINADOS E NÃO VACINADOS CONTRA A COVID-19 DURANTE A COVID LONGA.

Fundamentação teórica/Introdução

A vacinação contra a COVID-19 deflagrou em redução significativa na mortalidade e morbidade. No entanto, como consequência da COVID-19 temos a descrição da Síndrome Pós-COVID ou COVID-longa, que é caracterizada pela apresentação clínica após a fase aguda da doença. A literatura atual necessita de evidências científicas sobre as manifestações na COVID-longa, que é o objetivo desse trabalho.

Objetivos

Este estudo pretende mostrar se a vacinação apresenta algum valor protetivo no desenvolvimento da COVID-longa, com um enfoque em manifestações gerais e orais.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional descritivo com pacientes que foram atendidos em um Hospital de Universitário e testaram positivo para o SARS-CoV-2 e já estavam fora do período agudo da doença. O trabalho aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa parecer nº 4.946.660 e CAAE nº 50740821.4.0000.5481 Foram recrutados através do resultado positivo de exames para COVID-19 (RT-PCR ou TR-AG) disponível no sistema (MV 2000) do laboratório de análises clínicas do serviço. Foram incluídos no estudo pacientes que foram vacinados ou não contra COVID-19. Realizado uma anamnese direcionada para as possíveis manifestações gerais e orais na COVID-longa. Os resultados foram analisados no Programa Biostat 5.3 e submetidos ao teste do Qui-quadrado e Exato de Fischer com nível de significância de 5%.

Resultados

Foram recrutados 120 indivíduos, sendo eles, 46 (38,3%) pertencentes ao grupo não vacinados (GNV) e 74 (61.7%) do grupo vacinados (GV), sem diferença estatística na composição de sexos entre eles. A média de dias pós-teste positivo para o SARS-CoV-2 entre eles foram de 780 dias no GNV e 114 dias no GV. Foi observado que no GV houve maior ausência de sintomas durante a COVID-longa em relação ao GNV (p 0,0128). Dentre os sintomas gerais e orais apresentados durante a COVID-longa, a queixa de perda de memória/esquecimento se mostrou estatisticamente mais presente no GNV (p 0,0343), nos demais sintomas investigados não houve diferença estatística significante entre os grupos.

Conclusões/Considerações Finais

A vacinação se mostrou efetiva na proteção no desenvolvimento da COVID-longa, dentre os sintomas gerais presentes analisados o único que se mostrou impactado pela proteção da vacinação foi a perda de memória/esquecimento. Em relação aos sintomas orais, não houve diferença significante.

Palavras Chave

Vacina contra o COVID 19; COVID longa; Manifestações Gerais; Manifestações Orais.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MARIA LUIZA RICARTE RUGGERI, SÉRGIO LUIZ PINHEIRO