Dados do Trabalho


Título

EVOLUÇAO DA DENGUE NO BRASIL: UM ESTUDO DESCRITIVO DOS CASOS E OBITOS AO LONGO DE UMA DECADA

Fundamentação teórica/Introdução

A dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, representa um desafio em saúde pública no Brasil, apresentando desde formas assintomáticas até manifestações graves com risco de morte. A recorrência de surtos de dengue nas últimas décadas demanda uma análise epidemiológica abrangente para compreender a incidência e mortalidade relacionadas a essa doença.

Objetivos

Analisar a incidência e mortalidade por dengue no Brasil de 2013 a 2022, investigando tendências temporais e associações com variáveis demográficas.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico, descritivo e quantitativo que utiliza dados da plataforma online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre casos notificados de dengue no Brasil de 2013 a 2022. Foram analisadas a incidência ao longo dos anos, bem como a distribuição por região, faixa etária, cor/raça e escolaridade. Também foram investigados os óbitos no mesmo período, considerando região, faixa etária, raça/cor e sexo dos pacientes falecidos. Os gráficos e a elaboração das análises foram realizados utilizando o software Microsoft Office Excel®.

Resultados

Entre 2013 e 2022, a dengue no Brasil mostrou variações notáveis nos casos prováveis. O ápice dos casos ocorreu em 2015 (1.697.801), seguido por declínio nos anos seguintes, mas com uma nova elevação em 2019 (1.556.588). A região Sudeste registrou a maior incidência (49,18%), enquanto a região Norte teve a menor (3,54%). Indivíduos entre 20 e 39 anos foram os mais afetados (37,68%), e a população com ensino médio completo teve maior prevalência (12,51%). Quanto à raça/cor, brancos (32,75%) e pardos (32,34%) foram os mais afetados. Quanto aos óbitos, a região Sudeste também liderou em números (43,5%), enquanto a região Norte registrou a menor proporção (5,09%). O grupo etário mais afetado foi o de 80 anos ou mais (19,64%), bem como a população parda (36,59%). Ademais, não houve diferenças significativas entre os sexos, sendo masculino com 54,49% e feminino com 45,5% dos óbitos.

Conclusões/Considerações Finais

A análise revelou variações significativas nos casos de dengue no Brasil de 2013 a 2022. O pico ocorreu em 2015, seguido por uma tendência de queda e elevação em 2019, enfatizando a importância contínua de medidas preventivas. A região Sudeste teve a maior incidência, e indivíduos entre 20 e 39 anos, bem como brancos e pardos, foram mais afetados. Desse modo, sinaliza-se a necessidade de abordagens diferenciadas considerando aspectos regionais e demográficos para proteger a saúde da população brasileira.

Palavras Chave

Dengue; Distribuição Temporal; Epidemiologia.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Instituições

Complexo do Hospital das Clínicas da UFPR - Paraná - Brasil, Universidade do Contestado (UnC) - Santa Catarina - Brasil, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Paraná - Brasil

Autores

RAFAELA SCHELBAUER, MATHEUS HENRIQUE CASSIAS DE LIMA, GUILHERME MONTEIRO FERREIRA