Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE COCLEAR APOS SURDEZ POR MENINGITE BACTERIANA

Fundamentação teórica/Introdução

A meningite é caracterizada por uma inflamação das meninges - dura-máter, aracnóide e pia-máter -, as quais são responsáveis por envolver e proteger o sistema nervoso central. Logo, essa inflamação pode levar a complicações graves e sistêmicas, entre elas, alterações motoras, neurológicas e sensoriais. Assim, é fundamental que ocorra diagnóstico e tratamento de forma precoce, a fim de diminuir suas sequelas. A perda auditiva, possível consequência da meningite, acaba influenciando no bem-estar geral do paciente e uma alternativa que se mostrou altamente eficaz é o implante coclear (IC). O IC é um dispositivo implantado cirurgicamente na cóclea de pacientes com perda auditiva severa do tipo neurossensorial, que não possuem benefício com o aparelho de amplificação sonora individual. O IC desempenha as funções das células ciliadas internas da cóclea por estimular eletricamente por meio de energia sonora as fibras remanescentes do nervo auditivo. As ondas sonoras são captadas pelo microfone do aparelho e transmitidas para o microcomputador externo, local onde o som é processado e convertido em informação para o sistema implantado, que por sua vez, envia sinais elétricos até os eletrodos na cóclea, estimulando o nervo auditivo enviar a informação captada para o cérebro.

Objetivos

Relatar um caso de implante coclear após surdez bilateral por meningite bacteriana, bem como seu desempenho e indicações.

Delineamento e Métodos

O atual estudo trata-se especificamente de um relato de caso.

Resultados

D.S., sexo masculino, 40 anos, admitido no hospital devido a meningoecefalite bacteriana, com origem otológica, devido a otite media aguda do ouvido esquerdo. No quarto dia de evolução, o paciente apresentou cofose. Posteriormente, foi realizado audiometrias, que comprovaram a surdez profunda bilateral. O paciente foi submetido ao procedimento de colocação de dreno para alívio de otite média aguda do ouvido esquerdo, porém sem recuperação do quadro de cofose. Posteriormente, o paciente foi encaminhado para avaliação, em que realizou RNM e TC de crânio, apresentando fibrose, mas sem ossificação completa da cóclea, representando um bom candidato para o implante coclear. Dois meses após o implante coclear, o paciente apresenta boa evolução, com recuperação da audição bilateralmente.

Conclusões/Considerações Finais

O uso do implante coclear em indivíduos com surdez grave ou profunda - de causa neurossensorial - é capaz de promover retorno da audição e melhora da qualidade de vida dos pacientes afetados por essa comorbidade.

Palavras Chave

Implante coclear, surdez, meningite bacteriana

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

FHSTE - FUNDAÇÃO HOSPITALAR SANTA TEREZINHA DE ERECHIM - Rio Grande do Sul - Brasil, URI - UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

PAOLLA FAVARO BRESSIANI, LAURA CORRADI PAGLIOSA, MARINA DALCHIAVON, RUBIA FINSTER FREITAS, RODRIGO ANDRÉ SOCCOL