Dados do Trabalho


Título

DESFECHO CLINICO E NECESSIDADE DE INTERNAÇAO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) APOS ACHADOS DE RADIOGRAFIAS TORACICAS ENTRE IDOSOS ACOMETIDOS POR SINDROME RESPIRATORIA AGUDA GRAVE (SRAG)

Fundamentação teórica/Introdução

Ocasionada principalmente por agentes virais, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode ser definida como uma lesão inflamatória do parênquima pulmonar como consequência de uma resposta imune excessiva do hospedeiro a um agente etiológico. Na maioria dos casos, é necessário à hospitalização e os exames complementares auxiliam no diagnóstico e prognóstico da doença.

Objetivos

Verificar a prevalência de internações em UTI e óbitos por SRAG associado com alterações clínicas nas radiografias de tórax de pacientes idosos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, com abordagem analítica, desenvolvido a partir da análise de dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo/RS. As notificações da população idosa abrangeram o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2020. Utilizou-se o PSPP, software de livre distribuição, para as análises estatísticas que consistiam no teste de qui-quadrado de Pearson para verificar a distribuição do desfecho - evolução do caso (cura e óbito) e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (sim e não), segundo a variável independente - resultado da radiografia torácica (normal, infiltrado intersticial, consolidação, misto, outro ou não realizado), considerando um erro α de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal da Fronteira Sul sob o parecer 4.405.773.

Resultados

Em 2020, n=1.268 idosos foram hospitalizados por SRAG. Os registros evidenciaram que 38,8% dos pacientes foram internados em UTI e 40,7% evoluíram para óbito. As maiores frequências de internação em UTI foram observadas nos idosos com achados mistos (81,8%) e consolidações (57,8%) nas radiografias, enquanto os óbitos por SRAG eram mais frequentes nos pacientes com consolidações (45,5%) e outros achados (40,3%) radiográficos, demonstrando relação estatisticamente significativa (p<0,001).

Conclusões/Considerações Finais

As radiografias realizadas apresentaram alterações clínicas estatisticamente relevantes, sendo um importante exame complementar não só para guiar o manejo dos pacientes, mas também apontar prognósticos que, no presente estudo, retratou necessidade de UTI em pacientes idosos com achados radiográficos mistos e óbito nos que apresentaram consolidações.

Palavras Chave

Síndrome Respiratória Aguda Grave; Unidades de Terapia Intensiva; Radiografia Torácica.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

NATHYELLE MARIA DE OLIVEIRA CANDIDO, THIAGO EMANUEL RODRIGUES NOVAES, SHANA GINAR DA SILVA