Dados do Trabalho


Título

HIPERTENSAO PULMONAR CRONICA ASSOCIADA A SINDROME DO ANTICORPO FOSFOLIPIDE: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A hipertensão pulmonar crônica associada à síndrome do anticorpo
antifosfolipíde (SAF) é uma condição onde a trombofilia causada pela SAF, que é uma
doença autoimune, gera trombos não resolvidos nas artérias pulmonares fazendo com
que haja aumento pressórico nessa circulação.

Objetivos

O objetivo desse relato foi demonstrar como cursou a Hipertensão Pulmonar Crônica em uma paciente mulher com Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide, e o manejo empregado nesse caso.

Delineamento e Métodos

Caracteriza-se por um estudo retrospectivo observacional descritivo, relato de
caso, que para elaboração foi utilizado o prontuário da paciente.

Resultados

Paciente de 44 anos, sexo feminino, natural e procedente de Cascavel (PR).
História de Lúpus Eritematoso Sistêmico e Tromboembolismo Pulmonar (TEP) de
repetição (3 casos anteriormente) com dificuldade de anticoagulação com Varfarina
Sódica. Agendou consulta em clínica particular de Pneumologia, referindo dispneia
aos pequenos esforços e dor torácica. Critério de Wells = 6. Foi realizado exame de
Angio-TC que constatou obstrução mecânica em território de artéria pulmonar, com
Duplex de MMII e abdômen sem alterações, descartando Trombose Venosa Profunda
(TVP). Também foi realizado um eletrocardiograma (apresentando desvio de eixo
QRS para a direita) e um Ecocardiograma-Doppler que detectaram Hipertensão
Pulmonar. Iniciou-se anticoagulação com Rivaroxabana e Sildenafila com posterior
investigação para outras causas trombóticas. Realizados exames laboratoriais, foi
detectado o anticoagulante lúpico (LA) na primeira amostra coletada, na qual criou-se
a hipótese de Síndrome Antifosfolipídio (SAF). Para confirmação diagnóstica foi
realizada nova coleta laboratorial 14 semanas após a primeira, na qual novamente
confirmou-se a presença de LA no plasma. Diante do quadro clínico de trombose
generalizada acompanhada de insuficiência dos órgãos acometidos, em associação
com anticorpos antifosfolípides, foi constatada a Síndrome Antifosfolípide . O controle
clinico foi realizado através de exames complementares, como o D-dímero,
ecocardiograma, espirometria e angiotomografia. Paciente apresentou controle da
doença com tratamento prescrito.

Conclusões/Considerações Finais

Relatamos aqui um caso envolvendo uma mulher de 44 anos com SAF
diagnosticado por múltiplos eventos de TEP, com posterior evolução para hipertensão
pulmonar. Após intervenção terapêutica com Rivaroxabana e Sildenafila a evolução
foi favorável, com melhora clínica. A suspeita precoce de SAF, aumenta as chances
de um desfecho favorável.

Palavras Chave

Síndrome Antifosfolipídica; Hipertensão Pulmonar; Embolia
Pulmonar; Anticoagulantes; Lúpus Eritematoso Sistêmico;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

VICTOR MARCELO DRESCH, ANA BEATRIZ TINOCO OLDONI, GABRIELA HAPNER BARZOTTO, MAURICIO BATISTA TEIXEIRA, MATHEUS FELIPE BERNARDI