Dados do Trabalho


Título

Púrpura trombocitopênica idiopática durante uma gestação de alto risco: uma entidade clínica desafiadora

Fundamentação teórica/Introdução

A Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) ocorre na ausência de uma condição específica
associada à trombocitopenia ou a uma exposição a tóxicos que cursem com esse quadro. A
PTI é mediada por mecanismos imunológicos, muitas vezes autoanticorpos estimulados por
células T CD4+, que se ligam às glicoproteínas de superfície das plaquetas, as quais são
destruídas por macrófagos, primariamente no baço. No adulto, a forma mais prevalente é a
PTI crônica. Dentre as principais manifestações clínicas estão: sangramentos, petéquias,
púrpuras e epistaxe. Neste trabalho apresentamos o caso de um paciente com PTI durante a
gestação em uso de corticosteroides.

Objetivos

Descrever a apresentação de um caso de PTI refratário ao uso de corticoides

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados

Paciente, sexo feminino, 23 anos, previamente hígida, iniciou há dois anos com
equimoses pelo corpo, sendo constatado plaquetopenia, porém não procurou atendimento
médico. Desde então, percebeu também, gradativamente, aumento de fluxo menstrual,
vertigem e astenia. Após piora do quadro, procurou serviço de saúde. Em exame laboratorial,
foi constatada plaquetopenia com 2000 plaquetas e realizada transfusão na ocasião. Durante a
internação, foi prescrita prednisona, realizado USG de abdome, visualizando-se saco gestacional e confirmada a gestação com beta-HCG. Foi admitida no Pronto-Socorro de
Ginecologia e Obstetrícia (PSGO) e iniciada a pulsoterapia com Metilprednisolona por três
dias. Devido à estabilidade do quadro, recebeu alta com prednisona.
Retornou ao PSGO após 40 dias devido a aborto espontâneo e plaquetas em 1.000, realizando
pulsoterapia com metilprednisolona por três dias. Após três meses, necessitou de nova
internação por sangramento vaginal abundante, anemia e plaquetopenia importante, sendo
prescritos Prednisona, Eltrombopague Olamina e Sulfato Ferroso. Desde então, paciente está
em tratamento ambulatorial com prednisona e Eltrombopague Olamina, apresentando melhora
do quadro.

Conclusões/Considerações Finais

Portanto, diante de um caso refratário de PTI à prednisona e pulsoterapia, optou-se por
realizar o tratamento com Eltrombopague Olamina, o que resultou em melhora dos sintomas e
das flutuações da plaquetopenia. Nesse sentido, o atual relato corrobora com a utilização do
Eltrombopague Olamina em casos refratários de PTI ao uso de corticoides.

Palavras Chave

Púrpura trombocitopênica idiopática; PTI; Corticoesteroides; Tratamento; Refratariedade

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

Autores

ENZO BENFATTI CHERUBINI, CAIO ARAÚJO DA CUNHA, DEIR GRASSI RIBEIRO DA SILVA, YURI BITTENCOURT, THIAGO ARRUDA REZENDE