Dados do Trabalho


Título

ANALISE LABORATORIAL NA EPIDEMIA DE DENGUE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: Durante o primeiro semestre de 2023 observou-se a reemergência do número de infecções pelo vírus dengue. Atualmente estima-se que metade da população mundial encontra-se em risco de infecção.

Objetivos

Objetivos: Realizar o levantamento dos exames laboratoriais de 1102 pacientes diagnosticados com dengue a fim de identificar as principais alterações apresentadas.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo realizado durante os meses de janeiro a julho de 2023. A amostra analisada constituiu-se dos seguintes fatores relevantes para diagnóstico e prognóstico da dengue: hematócrito, leucograma, plaquetograma, níveis de aspartato aminotransferase (AST) alanina aminotransferase (ALT) e Velocidade de Hemossedimentação (VHS).

Resultados

Resultados: Analisando os exames laboratoriais dos 1102 pacientes diagnosticados, sendo 59,9% do sexo feminino e 40,1% do sexo masculino, observou-se que as plaquetas encontram-se abaixo dos valores de referência em 434 pacientes (39,4%) e normais em 662 (60%). Com relação aos leucócitos, a leucopenia foi encontrada em 574 pacientes (52%) e normalidade em 510 (46,2%). Quanto aos marcadores hepáticos, o AST encontrou-se aumentado em 873 pessoas (80%) e normais em 219 (20%), já o ALT teve valores acima do esperado em 453 pacientes (41,6%) e normais em 636 (58,4%). Avaliando hemoconcentração e marcador inflamatório, respectivamente, o hematócrito foi menor que o esperado em 506 pessoas (45,9%) e normal em 583 (52,9%), e a velocidade de hemossedimentação (VHS) das hemácias esteve aumentado em 490 pacientes (45,3%) e normal em 592 (54,7%).

Conclusões/Considerações Finais

Discussão: Os resultados dessa análise evidenciam a relevância de pesquisar as principais variações laboratoriais em casos confirmados de dengue. Tais alterações são de extrema importância para a classificação dos pacientes em níveis de gravidade e também para avaliação prognóstica e acompanhamento, visto que, dos 1102 exames analisados 1039 apresentaram alteração de pelo menos um dos fatores estudados. Dessa forma, relacionar aspectos clínicos e laboratoriais e interpretá-los corretamente é crucial para a determinação do desfecho da doença. Conclusão: As principais alterações laboratoriais encontradas durante o quadro viral em questão foram a leucopenia (52%) e plaquetopenia (39,4%). Outras variações encontradas foram a VHS tocada e os marcadores hepáticos (AST/ALT) aumentados na maioria dos pacientes, predominando o aumento do AST (80%) em relação ao ALT (41,6%).

Palavras Chave

Dengue, Laboratório, Incidência

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

LUMA PEREIRA PEDRA, LUIZA BRANCO LOPES CORTE REAL, ELLEN DE BRITO OLIVEIRA DOS SANTOS, EMILLY CHAGAS BARROS MARTINS, LUIZ JOSE DE SOUZA