Dados do Trabalho


Título

MELANOMA DE MUCOSA ORAL: RARA APRESENTAÇAO CLINICA

Fundamentação teórica/Introdução

O melanoma de mucosa oral (MMO) é caracterizado como neoplasia de baixa prevalência, totalizando cerca 0,2 à 8% do total dos casos de melanoma e cerca de 0,5% de todos malignidades orais já descritas, a fisiopatogenia de tal neoplasia está associada a mutação atípica e proliferação de melanócitos. Sendo a região do palato duro, seguida do palato mole e gengiva o local de maior incidência de ocorrência de MMO. Quanto a sintomatologia, está frequentemente caracterizada pela hemorragia, algia local e amolecimento dentário. O diagnóstico é realizado na análise do anatomopatológico da lesão biospiada. O tratamento a ser adotado para o MMO está essencialmente associado ao estadiamento, sendo que na maioria dos casos a abordagem cirúrgica torna-se a primeira opção, todavia existem controvérsias quanto à extensão da ressecção, bem como indicação de radioterapia e ou necessidade de tratamento sistêmico representado pela quimioterápica, terapia alvo e imunoterapia adjuvante conforme quadro clínico e critérios de risco apresentados. Sendo assim o atual relato de caso torna-se relevante pela sua raridade diagnóstica.

Objetivos

Relatar um caso raro de neoplasia de mucosa oral, bem como elucidar o caso através da apresentação clínica, fisiopatogenia, diagnóstico e terapêutica.

Delineamento e Métodos

O atual estudo trata-se especificamente de um relato de caso.

Resultados

Paciente, 82 anos, feminina, com histórico positivo de melanoma em duas familiares de primeiro grau, apresentou lesão em rebordo alveolar superior da maxila esquerda em 2023. Paciente foi encaminhada para avaliação oncológica, segundo análise de anatomopatológico da lesão: presença de células malignas poligonais e pleomórficas pigmentadas com atividade juncional e a imuno-histoquimioco confirmou diagnóstico de melanoma invasivo. Após realização de tomografias sem lesões a distância, paciente foi enquadrada em estádio clínico III, sendo que devido estadiamento e performance clínica atual, ECOG 2, mesmo que fosse possível tratamento cirúrgico e ou sistêmico a paciente optou exclusivamente por tratamento radioterápico. Assim foi realizada radioterapia em lesão primária em cavidade oral, contabilizando 22 frações na dose de 55gy. Hoje, ela segue acompanhando com a oncologia clínica, com plano de reestadiamento após as sessões de radioterapia.

Conclusões/Considerações Finais

A atual apresentação do caso chama atenção pela raridade diagnóstica de neoplasias de cavidade oral, cerca de 0,5% das malignidades orais, bem como a condução diagnóstica e a terapêutica adotada.

Palavras Chave

Melanoma, mucosa oral, neoplasia

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

FHSTE - Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim - Rio Grande do Sul - Brasil, URI - Universidade Regional Integrada - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

PAOLLA FAVARO BRESSIANI, AMANDA LAVANDOSKI RIBEIRO, LAURA CORRADI PAGLIOSA , EVELYN FABIANE NAZZARI, EMANUELA LANDO