Dados do Trabalho


Título

INCAPACIDADE FISICA GRAU II NA HANSENIASE POR REGIOES DE 2013-2022

Fundamentação teórica/Introdução

Determinar o grau de incapacidade física na hanseníase (MH), por meio da classificação quanto ao nível de acometimento dos nervos periféricos, permite a prevenção de agravos e o controle na cadeia de transmissão da doença. Desse modo, o Ministério da Saúde adota a taxa de incapacidade física grau II/casos novos avaliados (tIF-II) como marcador de qualidade no rastreio e diagnóstico precoce da MH, sendo portanto objeto de estudo importante para avaliação da atenção à saúde no Brasil.

Objetivos

Descrever a tIF-II por região de 2013-2022 e descrever a relação da incapacidade física grau II (IF-II) com sexo, escolaridade e faixa etária.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, quantitativo e transversal obtido por meio do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN) - DATASUS. Os dados estudados no período de 2013-2022 foram: notificações de IF-II por região, notificações de casos avaliados para incapacidade física por região e IF-II por sexo, escolaridade e faixa etária no Brasil

Resultados

Entre 2013 e 2022, houve um aumento de 57,97% na tIF-II no Brasil, sendo que o Sudeste teve o maior aumento (65,86%), seguido do Norte (62.5%) e, em contrapartida, o Nordeste teve o menor (42,91%). Além disso, é importante citar que tIF-II de 2013 a 2022 foi menor nas regiões Nordeste e Norte (9,13% e 9,83%) do que nas regiões Sudeste e Sul (14,17% e 13,8%), as quais classicamente têm indicadores de saúde melhores do que o restante do país. Ademais, o sexo masculino foi o mais acometido, com aproximadamente 70,9% do número de casos de incapacidade física grau 2 no país. Quanto às faixas etárias, 50-59 anos foi mais acometida (6.014, 21,11%), seguida por 60-69 (5.331, 18,71%) e 40-49 (4905, 17.21%). No tocante ao grau de escolaridade, evidenciou-se maior prevalência entre a 1ª e 4ª série incompleta do ensino fundamental, com 6.617 diagnósticos, que correspondem a cerca de 23% do total das notificações.

Conclusões/Considerações Finais

A crescente tIF-II destaca a ineficiência da atenção adequada à MH, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, urgindo fortalecimento da Atenção Primária à Saúde como peça fundamental no combate ao agravo, no que tange a educação em saúde, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e busca ativa de contatos. Por fim, o perfil epidemiológico apresentado busca nortear as ações voltadas para reabilitação dessa população e planejamento de políticas específicas em saúde.

Palavras Chave

HANSENIASE; RASTREIO; DIAGNÓSTICO; INCAPACIDADE FISICA.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Categoria

Trabalhos Científicos

Autores

CAIO MEIRA LOBATO GOMES, JOÃO ANTONIO LOPES DO NASCIMENTO, FERNANDA PROTÁZIO SILVA, ANA VITÓRIA SOARES DOS ANJOS, JOÃO FILIPE DE SOUSA BARBOSA