Dados do Trabalho


Título

SINDROME DA EMBOLIA GORDUROSA: UM CASO COM BOM PROGNOSTICO NO INTERIOR DE SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: A embolia gordurosa se traduz como a oclusão da microvasculatura por partículas de gordura gerando lesões consideradas benignas e quando colecionam sinais e sintomas em mais de um sistema do corpo humano, objetivamente, pele, pulmão e cérebro, caracteriza-se a Síndrome da Embolia Gordurosa (SEG). É rara, e está estritamente relacionada com o trauma ortopédico; apresentando-se desde assintomática quanto fulminante.

Objetivos

Objetivos: Analisar o manejo de pacientes com SEG após cirurgia ortopédica em um contexto de acesso restrito aos recursos mais modernos.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Relato de caso.

Resultados

Resultados: Paciente Feminino, 19 anos, internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), vítima de acidente de carro contra poste, levada ao pronto socorro consciente, eupneica e sem sinais de choque, estando presa nas ferragens aproximadamente três horas até a chegada no hospital. Sofreu fratura de fêmur bilateral, perna e tornozelo esquerdo, realizando osteossíntese com fixação externa precoce na admissão hospitalar. Recebeu profilaxia de tromboembolismo com Enoxaparina 40 mg subcutânea uma vez ao dia. Após 24 horas evoluiu com coma, taquidispnéia e petéquias em tronco e região axilar, sendo necessário ventilação mecânica (VM). O exame de fundo de olho, realizado no terceiro dia, demonstrou papiledema, sem outros achados específicos. À tomografia (TC) de crânio, ausência de lesões agudas e à TC de tórax, sem contraste, pequeno derrame pleural bilateral e opacidades com atenuação em vidro fosco. Após 72 horas do evento, foi realizado nova TC de crânio, aventando hipodensidades difusas acometendo o córtex e a substância branca dos hemisférios cerebrais. Necessitou de transfusões sanguíneas nos primeiros dias de internação (DI) e de VM com ausência de evolução neurológica adequada inicialmente. Manteve VM por 10 dias desde a admissão hospitalar. Admitida na enfermaria após 13 dias de UTI, a paciente respondia a estímulos sonoros, fixava o olhar, localizava estímulos dolorosos, apresentava fala reflexa e abria os olhos ao estímulo verbal. No 20º DI, evoluiu com melhora no nível de consciência e cognição. Obteve oclusão da traqueostomia e força muscular grau 5 em membros após 25º DI. À alta hospitalar, paciente sentada no leito, alimentava-se por via oral; se comunicava apesar de ainda não conseguir formar frases e obedecer a comandos.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A SEG é grave e ameaçadora à vida e o diagnóstico precoce determinada a qualidade de vida e cuidados após o evento.

Palavras Chave

Palavras - chave: Embolia Gordurosa. Síndrome Embolia Gordurosa.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MILENA FABRIZZIO, LUIZ GUSTAVO COQUEMALA DA SILVA, LUCAS VIEIRA DE MAGALHÃES, ANTONIO DE PÁDUA SANTOS LANNA, FELIPE CADORE KLABUNDE