Dados do Trabalho


Título

PANORAMA DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE SAO PAULO: ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA ULTIMA DECADA

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: As hepatites virais (HV) são um desafio significativo no contexto brasileiro, por isso, a Lei nº 14.613, de 3 de julho de 2023, “julho amarelo”, foi instituída visando a promoção de políticas para diagnóstico e tratamento efetivos. Em São Paulo (SP), estado mais populoso do país, esse cenário é agravado pelos custos exorbitantes associados ao manejo dessas infecções, enfatizando a gravidade da situação na atual conjuntura da saúde pública.

Objetivos

OBJETIVOS: descrever a epidemiologia dos casos de hepatites virais em SP na última década.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: trata-se de um estudo retrospectivo transversal de abordagem quantitativa, observando-se no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-DATASUS) as variáveis de classificação etiológica, faixa etária, sexo, raça, forma clínica e mecanismo de infecção nos casos confirmados de HV de 2010 a 2020 no estado de São Paulo. As variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.

Resultados

RESULTADOS: Ao longo do período analisado, SP registrou 89.897 casos de HV, destacando-se como o estado com a maior incidência dessa condição no país, em conformidade com o contingente populacional. As hepatites C e B predominaram, com 64,76% (58.216) e 28,81% (25.896) dos casos, respectivamente. Em relação às variáveis sociodemográficas, houve predomínio masculino (58,73%; 52.798) e étnico branco (55,97%; 50.317). A faixa etária entre 20-59 anos concentrou a maioria dos casos, totalizando 77,38% (69.567) e a forma clínica mais comum foi a hepatite crônica (78.614; 87,45%). A prevalência do mecanismo de transmissão é desconhecida em mais da metade dos casos (57,70%; 51.867), entretanto, entre os casos discriminados, a transmissão sexual (13,85%; 12.452) prevaleceu, seguida pelo uso de drogas injetáveis (9,24%; 8.302).

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise da epidemiologia das hepatites virais revela um cenário emergente e complexo no contexto da saúde pública paulista. A expressiva incidência de casos crônicos, aliada aos altos custos de tratamento e cuidados contínuos, desafia o Sistema de Saúde Pública. O perfil predominante em homens, brancos e na faixa etária de 20-59 anos aponta para possíveis comportamentos de risco, exigindo estratégias mais eficientes na prevenção primária e secundária, a fim de mitigar o impacto das HV na população, reduzindo a morbimortalidade no estado de São Paulo.

Palavras Chave

DESCRITORES: Hepatite Viral; Epidemiologia; Estudo Observacional; Prevenção; SUS.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc - Santa Catarina - Brasil

Autores

YAGO MARCELINO MACIEL, ANITA SANTOS CARDOSO, THAIS PEREIRA ROSA, FERNANDA PREIS FLORENCIO, LÍVIA GIORDANI GONÇALVES