Dados do Trabalho


Título

OBSTRUÇAO INTESTINAL DEVIDO SINDROME DA ARTERIA MESENTERICA SUPERIOR (WILKIE) ASSOCIADA A LESAO RENAL AGUDA E PANCREATITE AGUDA.

Fundamentação teórica/Introdução

A síndrome da artéria mesentérica superior (AMS) é rara causa de obstrução extrínseca do duodeno pela a aorta e a AMS. Apresenta sintomas gastrointestinais variados, sendo de difícil diagnóstico. Sua associação com pancreatite é pouco documentada pela literatura, assim como sua associação com injúria renal aguda (IRA), visto ser uma doença com baixíssima incidência.

Objetivos

Apresentar um caso clínico de síndrome da artéria mesentérica superior, pancreatite e IRA.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

G.C.S, masculino, 34 anos, sem comorbidades conhecidas, iniciou com perda ponderal de 14kg em 6 meses, associada a inapetência e dispepsia, sem melhora ao uso de inibidor de bomba de prótons. Evoluiu com distensão abdominal, dor epigástrica pós prandial, vômitos de conteúdo bilioso, desnutrição, constipação e picos febris. Nos exames laboratoriais, apresentou hipoalbuminemia (2,9), hipocalemia (2,7), hiponatremia (129), hipomagnesemia (1,4) e lesão renal (creatinina 2,8). Realizada tomografia (TC), que evidenciou distensão gástrica e em duodeno proximal, com redução da terceira porção duodenal na altura da AMS, sugerindo pinçamento aortomesentérico devido estreitamento do ângulo entre AMS e aorta. Em endoscopia digestiva alta visualizada grande quantidade de conteúdo biliar, distensão gástrica e ausência de obstrução intraluminal.
Paciente mantém febre, aumento de provas inflamatórias, amilase 313, lipase 1433 e nova TC com espessamento do pâncreas e derrame pleural à esquerda, indicando pancreatite aguda.
Progrediu com piora da função renal, creatinina de 9,2, parcial de urina com proteinúria +4 e hematúria +3, e nefropatia parenquimatosa bilateral em ultrassom, com pelve extra renal pouco ectasiada.
Realizado tratamento conservador: passagem de sonda nasogástrica para descompressão gastroduodenal, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, nutrição enteral e hidratação. Evoluindo com melhora clínica e laboratorial. Recebe alta e encaminhamento ao ambulatório de nefrologia.

Conclusões/Considerações Finais

A síndrome da artéria mesentérica superior é rara. Normalmente, optado por tratamento conservador, com bom prognóstico na maioria dos casos. A sua associação com pancreatite já foi descrita, porém em raros casos.

Palavras Chave

Obstrução intestinal; Síndrome da artéria mesentérica superior; Lesão renal aguda; Pancreatite aguda

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Governador Celso Ramos - Santa Catarina - Brasil

Autores

PAULA MURARO TRIACA, MONICA MONTE PAIN, GABRIELA SMARCZEWSKI COSTANZO, ANA JULIA GIRARDI GONÇALVES, VINICIUS KREPSKY DALMORO