Dados do Trabalho

Título

ESPOROTRICOSE HUMANA EM SANTA CATARINA: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

A Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo gênero Sporothrix. As pessoas infectadas geralmente desenvolvem ‘’micoses de implantação’’, as quais são decorrentes de trauma transcutâneo por acidentes com vegetação em decomposição e arranhadura ou mordedura de animal doente. A crescente incidência no Brasil ocorre devido a transmissão zoonótica de felinos e ao surgimento do Sporothrix brasiliensis.

Objetivos

Relatar o caso de Esporotricose Humana ocorrido em Santa Catarina, com a finalidade de divulgar a apresentação clínica desta doença.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso.

Resultados

A.C, feminina, 47 anos, nega comorbidades, em uso contínuo de Venlafaxina 37,5 mg ao dia. Paciente refere que iniciou com quadro de lesões cutâneas uma semana após contato com gatos de rua. As lesões eram do tipo ulcerosas com base purulenta e bordas elevadas e eritematosas, que iniciaram em dorso de mão esquerda e progrediram para mão direita e membros inferiores (MMII), predominando em perna direita. Associado à queixa apresentava dor em região medial do antebraço e braço esquerdo. As lesões não eram pruriginosas. Buscou atendimento em unidade básica de saúde por conta da queixa onde foi realizada cultura das lesões, a qual positivou para Sporothrix sp. Foi iniciado tratamento com Itraconazol 100 mg por 15 dias e Cefalexina 500 mg por 7 dias. Após o tratamento passou a apresentar poliartralgia migratória, principalmente em joelhos, associada a fadiga intensa e dificuldade para deambular devido a dor. Foi encaminhada para internação hospitalar por orientação de infectologista. Na admissão hospitalar apresentava lesão ulcerosa com fundo purulento e bordas elevadas, medindo 2 cm em dorso de mão direita. Em MMII apresentava placas descamativas de coloração arroxeada. Foi iniciado Anfotericina B 50 mg ao dia, a qual fez uso de 26 doses. Após alta hospitalar seguiu em acompanhamento no ambulatório de infectologia, onde foi prescrito Itraconazol 200 mg ao dia por 5 semanas e retorno em 30 dias para nova avaliação.

Conclusões/Considerações Finais

Por se tratar de uma doença emergente e ainda de baixa incidência, tanto nacional quanto no estado de Santa Catarina, destacamos a singularidade do caso. Além disso, essa publicação contribui para propagar mais informações a respeito da Esporotricose Humana, para que possa ser suspeitada por médicos desde o primeiro contato com o paciente infectado.

Palavras Chave

Esporotricose. Sporothrix brasiliensis. Dermatomicose.

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Área

Clínica Médica