Dados do Trabalho


Título

ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO: ANALISE DA MORBIDADE HOSPITALAR NO ESTADO DE SAO PAULO AO LONGO DE 13 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: No Brasil, as doenças cardiovasculares, representadas principalmente pelo acidente vascular encefálico (AVC) e o infarto agudo do miocárdio, assumem um caráter alarmante, tendo em vista sua prevalência como principal causa de mortalidade no país. No estado mais populoso do país, São Paulo (SP), a alta prevalência de hábitos inadequados, como alimentação imprópria e sedentarismo, podem agravar essa realidade, impondo custos significativos ao Sistema Único de Saúde em todos os âmbitos de atendimento.

Objetivos

OBJETIVOS: descrever a epidemiologia das internações por AVC em SP entre 2010 e 2023.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: trata-se de um estudo retrospectivo transversal de abordagem quantitativa, observando-se no Sistema de Informações hospitalares (SIH/SUS) as variáveis de faixa etária, sexo, raça, média de permanência e óbitos das internações por AVC em regime de urgência de janeiro de 2010 a maio de 2023 no estado de São Paulo. As variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.

Resultados

RESULTADOS: Ao longo do período analisado, SP registrou 400.653 casos de acidente vascular cerebral, consolidando-se como o estado com a maior incidência dessa condição em todo o país, proporcionalmente ao seu contingente populacional. Os casos de caráter urgente representaram 97,02% das internações totais pela doença (412.957), que tiveram média de 7,3 dias cada. Em relação às variáveis sociodemográficas, verificou-se predomínio masculino (53,31%; 213.617) e étnico branco (53,68%; 215.077). Maiores de 60 anos constituíram 71,20% dos casos, totalizando 285.271 pacientes. A taxa de mortalidade no estado foi de 15,39 mortes a cada 100 internações, com registro de 62.110 óbitos.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A epidemiologia das hospitalizações por AVC em SP demonstra um emergente e complexo cenário no que tange à saúde pública paulista. A significativa incidência de casos, somada aos custos elevados do tratamento e reabilitação, enfatiza a importância de medidas eficazes em relação às doenças cardiovasculares. A predominância em homens, brancos e acima de 60 anos possibilita o direcionamento de políticas em saúde efetivas para impulsionar esforços para a prevenção, tratamento e reabilitação mais efetivos, reduzindo a morbimortalidade do AVC no estado de São Paulo.

Palavras Chave

DESCRITORES: Acidente Vascular Cerebral; Emergência; Prevenção; Epidemiologia; Hospitalização.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc - Santa Catarina - Brasil

Autores

YAGO MARCELINO MACIEL, ANITA SANTOS CARDOSO, THAIS PEREIRA ROSA, GUSTAVO BRISTOT GUIMARÃES, LÍVIA GIORDANI GONÇALVES