Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS INTERNAÇOES POR SEPTICEMIA EM SANTA CATARINA NO PERIODO DE JANEIRO DE 2018 A JANEIRO DE 2022

Fundamentação teórica/Introdução

A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal, causada por um determinado foco infeccioso, tendo o seu diagnóstico instituído pelo escore de Avaliação Sequencial da Falência de Órgãos (SOFA). Ademais, sabe-se que a incidência de sepse tem aumentado na última década, configurando-se mundialmente como um problema de saúde pública e de maior procura por atendimento médico, principalmente quando não diagnosticado precocemente, de modo a impactar no aumento das hospitalizações, na morbidade e na mortalidade dos indivíduos.

Objetivos

Analisar o número de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por septicemia e seu respectivo perfil epidemiológico no estado de Santa Catarina nos últimos quatro anos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado por meio de dados secundários, fornecidos pelo sistema de informações hospitalares (SIH/SUS) entre os anos de 2018-2022. Foi analisado o índice de internação por sepse, mediante ao sexo, a faixa etária e ao caráter de atendimento.

Resultados

No recorte temporal, ocorreram 24.220 internações por sepse em Santa Catarina, de modo que dessa totalidade mais de 98,2% (n=23.798) foram instituídas em caráter de urgência. Quando analisado o perfil dos pacientes, verificou-se uma prevalência de internações de indivíduos com a faixa etária superior a 60 anos, evidenciando um índice de 60% (n=14.739). Em relação ao gênero, observou-se uma maior preponderância no sexo masculino, com um percentual de 50,8% (n=12.314), no entanto foi verificado baixa disparidade em comparação com o índice do sexo feminino, retratado com 49,1% (n=11.906). Ademais, nesse período não houve diferença significativa quanto ao número de internações por septicemia em cada ano.

Conclusões/Considerações Finais

O presente estudo observou uma maior taxa de internação por sepse em caráter de urgência, em virtude possivelmente da dificuldade de instituir diagnóstico e tratamento precocemente do foco infeccioso inicial ou até mesmo da sepse propriamente dita. Outro aspecto que pode corroborar é a demora na admissão na UTI, o que eleva a gravidade do quadro clínico. Ademais, o maior acometimento do sexo masculino pode ser resultante da menor busca pelos serviços de saúde, de modo a aumentar a dimensão do acometimento clínico. Dessa forma, torna-se primordial a sensibilização por políticas públicas, que visam ao controle da sepse precocemente, a fim de evitar um prognóstico reservado dos pacientes.

Palavras Chave

Sepse; Epidemiologia; Hospitalização.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

KARLINE POSSAMAI DELLA, MARIANA ERNST SOTTER, FILIPE MARCOLINO, LETICIA OLIVEIRA DE MENEZES, LETICIA PIUCO BORGES