Dados do Trabalho


Título

ADENOMA HIPOFISARIO SECRETOR DE HORMONIO TIREOESTIMULANTE (TSH)/TIREOTROPINOMA NO ADULTO: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/INTRODUÇÃO: Adenomas hipofisários secretores de hormônio tireoestimulante (TSH), tireotropinomas, são doenças raras que correspondem a 0,5-3% de todos os tumores hipofisários, com prevalência de 1-2 casos por milhão de habitantes. As manifestações clínicas são típicas de tireotoxicose, o diagnóstico e o manejo adequados se fazem essenciais.

Objetivos

OBJETIVOS: Relatar caso de tireotropinoma acompanhado em estágio extracurricular e revisar literatura quanto ao diagnóstico e manejo da afecção.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: O relato de caso foi baseado na história de um paciente atendido em clínica privada. O acesso ao prontuário foi autorizado pelo paciente.

Resultados

CASO CLÍNICO: PW, 60 anos, iniciou com quadro de perda ponderal, mal estar e arritmia cardíaca. Em uso de Amiodarona 200mg. Ao exame físico, tireoide com aumento de volume difuso à palpação. Exames complementares (05/11/20): TSH 6,93 (0,48-5,6); Tri-iodotironina (T3) total 2,47 (0,6-1,71); Tiroxina (T4) total 18,1 (4,5-10,9); T4 livre 3,43 (0,89-1,76), sem demais alterações. Diante do quadro clínico apresentado, foi orientado troca de antiarrítmico com cardiologista e novos exames, os quais comprovaram o hipertireoidismo secundário - Subunidades alfa livre dos hormônios glicoproteínas 2,25 UI/L e ressonância magnética da hipófise, com adenoma medindo 1,7x1,1x1,4cm. Iniciado Octreotida LAR 20mg mês. Avaliação 6 meses de tratamento: TSH 1,97; T4 total 12,9; T4 livre 2,31. Cirurgia transesfenoidal em 08/2021: achados morfológicos favorecem diagnóstico de adenoma de hipófise grau I. No pós-operatório, sem medicação, foram mantidos exames de função tireoidiana normais, assim como na avaliação em 09/2022, 1 ano pós-cirurgia.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tireotropinomas são responsáveis pela secreção contínua do TSH, que não responde ao feedback exercido pelos hormônios tireoidianos, levando à hipersecreção de T3 e T4. Tal fisiopatologia resulta em sinais e sintomas típicos de hipertireoidismo na maioria dos pacientes - como palpitações e intolerância ao calor, podendo apresentar sintomas relacionados à compressão hipofisária ou do quiasma óptico pela expansão tumoral. Diante da comprovação diagnóstica, o manejo inicial consiste na terapia com análogos da somatostatina visando ao reestabelecimento do eutireoidismo, para posterior ressecção transfenoidal – considerada a terapia definitiva em casos de TSHomas, como o do caso exposto.

Palavras Chave

PALAVRAS CHAVE: Tireotropinoma; Adenoma hipofisário; Hipertireoidismo secundário.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAMILA LENA MARTINI, MÔNICA DE CASTILHOS