Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA MORTALIDADE POR DOENÇAS TRANSMISSIVEIS E MATERNO-INFANTIS: UM ESTUDO ECOLOGICO COM BASE DE DADOS MUNDIAIS

Fundamentação teórica/Introdução

Ao avaliar o índice de mortalidade mundial, estima-se que as doenças não transmissíveis contribuem para 61,8% de todas as mortes, enquanto as doenças transmissíveis contribuem para 27,5%. Entretanto, essas representam 81% das mortes na faixa etária de 0 a 14 anos, sendo os principais afetados os países subdesenvolvidos.

Objetivos

Avaliar a prevalência de mortalidade por doenças transmissíveis e materno-infantis (DTMI) em diferentes países e regiões mundiais, comparando com a população < 14 anos, renda per capita, índice de capital humano (ICH) e saneamento básico.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico. A população estudada foi composta por regiões mundiais e países, com suas respectivas prevalências de mortalidade por doenças transmissíveis e materno-infantis, de idade (população <14 anos), de renda per capita, ICH e saneamento básico das regiões. A coleta de dados foi realizada através do World Bank Group, pelo qual foram extraídas informações de 266 regiões mundiais e países, no ano de 2019, com exceção do ICH (2020). Foi realizada a análise bivariada e multivariada por meio de progressão linear, tendo como desfecho a prevalência de mortalidade por DTMI.

Resultados

Relacionando a prevalência das variáveis nos países e regiões do mundo com a prevalência de mortalidade por DTMI, foi observada uma correlação negativa com o ICH, saneamento básico e renda per capita e uma correlação positiva com a prevalência de população <14 anos. A cada acréscimo de 0,1 no índice de capital humano, a mortalidade reduz em 11,1%. Enquanto isso, o acréscimo de 1% na prevalência de saneamento básico reduz em 0,4% a mortalidade. Em seguimento, a renda per capita apresentou 0,05% de redução na mortalidade a cada aumento de U$100 dólares na renda per capita. Em contrapartida, a cada 1% na prevalência de população <14 anos, a mortalidade aumenta em 1,6%.

Conclusões/Considerações Finais

Constatou-se que as disparidades econômicas e sociodemográficas influenciam significativamente a mortalidade por DTMI, além de demonstrar uma maior implicação da população mais jovem nesse quesito. Portanto, evidencia-se a necessidade de intervenções em saúde pública, com enfoque em assistência pré-natal e saúde materna, além de vigilância sanitária, rastreamento e controle de doenças infecciosas.

Palavras Chave

Controle de Doenças Transmissíveis; Prevalência; Renda per Capita; Saneamento Básico; Saúde Materna; Mortalidade.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

ANA SOMBRIO TENFEN, GIOVANNA DE SOUZA FRASSON, KELSER DE SOUZA KOCH