Dados do Trabalho


Título

ALTA INCIDENCIA DE DOENÇA RENAL POLICISTICA EM UMA POPULAÇAO ESPECIFICA DE RENAIS CRONICOS.

Fundamentação teórica/Introdução

De acordo com o DataSUS, cerca de 5% dos pacientes portadores de Doença Renal Crônica Terminal (DRCT) e que realizam Terapia Renal Substitutiva (TRS) no Brasil, é em virtude de Doença Renal Policística (DRP). A DRP desenvolve cistos de forma progressiva e bilateral nos rins e no fígado. Há o aumento do volume dos rins e evolução progressiva para DRCT e necessidade de TRS.

Objetivos

Mensurar a prevalência de DRP em um serviço de hemodiálise na região de Estrela- RS, na região do Vale do Rio Taquari, e a relação da herança familiar da DRP nessa área.

Delineamento e Métodos

Realizado um estudo observacional com coleta de dados dos prontuários médicos dos pacientes. Ao total de 64 pacientes são atendidos na clínica.

Resultados

A pesquisa envolveu 21 pacientes, cerca de 32,8% dos pacientes da clínica, sendo 11 deles, cerca de 52,3%, portadores de DRP. A distribuição por gênero mostrou que 52,8% eram homens e 47,62% eram mulheres. Dentre os participantes, 71,43% possuem histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), enquanto 42,86% têm Diabetes Mellitus (DM). Cerca de 33% dos pacientes utilizam IECA ou BRA. A idade média do diagnóstico da DRPC foi de 38,6 anos, e a idade média de início da diálise foi de 55 anos, indicando um curto tempo médio de evolução da doença até o início da TRS. Além disso, 9,25% dos pacientes haviam recebido transplante renal anteriormente. Observou-se que 14,29% dos participantes tinham mães com diagnóstico de DRPC e 9,53% apresentavam o mesmo diagnóstico em suas mães. Esses dados fornecem informações valiosas sobre a epidemiologia e características da DRP nessa população específica.

Conclusões/Considerações Finais

Foi evidenciado um número elevado de pacientes em hemodiálise devido a DRP, na região estudada, comparativamente à literatura existente. O tempo médio do diagnóstico da Disfunção Renal Progressiva Crônica até o início da diálise foi relativamente curto, aproximadamente 16,4 anos, o que demonstra uma progressão rápida da doença nessa população. Diante desses resultados, é urgente a necessidade de um estudo genético na região para melhor compreender os fatores de risco e as causas subjacentes dessa alta incidência de DRPC. É necessária a implementação de políticas de educação em saúde específicas para a população, com foco no diagnóstico precoce da doença e na conscientização sobre essa condição de saúde específica. Essas medidas visam não apenas melhorar o acesso ao tratamento adequado, mas também contribuir para a prevenção e controle da progressão da doença renal na região estudada.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica Terminal (DRCT), Terapia Renal Substitutiva (TRS), Doença Renal Policística (DRP).

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

EDUARDO ALFREDO CALDAS QUERUZ, PAULO EDUARDO SANTHIAGO MACHADO, EDISOM PAULA BRUM