Dados do Trabalho


Título

OSTEOMIELITE CRONICA SECUNDARIA A LESAO POR PRESSAO EM REGIAO TROCANTERICA

Fundamentação teórica/Introdução

A osteomielite é uma infecção de origem em tecidos ósseos2, pode ser aguda e crônica em cenários de exposição óssea e contaminação cirúrgica. Nas fraturas expostas, uma infecção aguda incorretamente tratada ou uma disseminação hematogênica no início do quadro desencadeiam a cronificação.2 Pode pertencer à flora típica hospitalar ou polibacteriana2. As manifestações clínicas incluem dor óssea, calor, edema e eritema cutâneo, assim como inapetência e febre5, podendo ter ferida cirúrgica e fístulas cutâneas2. Leucocitose está presente nos agudos, e pode estar normal nos crônicos2. Os marcadores inflamatórios como VHS e PCR se elevam na fase aguda da infecção e após manipulação cirúrgica. Marcadores normais possuem bom prognóstico. A biópsia óssea é o padrão ouro para o diagnóstico2. O tratamento da osteomielite crônica (OC) se baseia na compensação clínica, antibioticoterapia e abordagem cirúrgica.4

Objetivos

Apresentar um caso de Osteomielite crônica secundária a lesão por pressão em região trocantérica.

Delineamento e Métodos

Relato de caso.

Resultados

Masculino, 53 anos, acamado, com paraplegia há 15 anos, lesões por pressão e osteomielite prévia em região trocanteriana à direita, foi admitido devido a piora do aspecto infeccioso das lesões. Foi feito a estabilização clínica, desbridamento dos tecidos desvitalizados da escara e coleta de cultura e anatomopatológico, confirmando OC. O resultado da urocultura apresentou Klebsiella pneumoniae sensível ao Meropenem e Streptococcus pneumoniae multi sensível na secreção da escara.
A conduta preliminar foi estabelecer 4 semanas de Meropenem e Vancomicina para cobertura da infecção da escara. Completando o tratamento e com estabilidade clínica fora sugerido Ciprofloxacino ambulatorial por 14 dias. No entanto, o paciente não aderiu ao esquema por conta de sintomas dispépticos e persistiu internado com terapia prévia, a fim de atingir redução dos marcadores, sobretudo o VHS. Paciente recebeu alta hospitalar após 6 semanas com redução do VHS e estabilização clínica.

Conclusões/Considerações Finais

No caso o paciente teve uma terapêutica individualizada, por conta da não adesão ao tratamento ambulatorial. Portanto, permaneceu em ambiente hospitalar até queda dos marcadores inflamatórios, demonstrando a importância destes para a evolução clínica.
O tratamento da OC deve ser multifásico, envolvendo compensação clínica, tratamento medicamentoso e abordagem cirúrgica4. Esta abordagem permite estabelecer estratégias de tratamento combinado e que mostram resultados satisfatórios em diversas situações.4

Palavras Chave

Osteomielite, lesão por pressão

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

MATEUS RUFATO VICHETTI, GABRIEL BARUEL ALCANTARA, EDURADO SCHNEIDER GRANDI , TIAGO SILVEIRA DO CARMO, ANA PAULA LIMA RIBEIRO