Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS NOTIFICADOS DE SIFILIS EM MENINAS DE 15 A 19 ANOS NA REGIAO SUL DO BRASIL: 2012 A 2021

Fundamentação teórica/Introdução

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e, uma vez adquirida, torna-se uma infecção crônica, que pode ser transmitida de maneira vertical ou horizontal. Nesse contexto, a adolescência é considerada uma fase de maior risco para contaminação, haja vista que o desenvolvimento da vida sexual vem ocorrendo de maneira cada vez mais precoce. Ademais, soma-se a isso a dificuldade de acesso às informações corretas acerca da prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Objetivos

Analisar os casos notificados de sífilis em meninas de 15 a 19 anos residentes na região sul do Brasil, no período de 2012 a 2021.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo, transversal e de caráter quantitativo. A coleta de dados acerca dos casos notificados de sífilis foi realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) hospedado no DATASUS/TABNET. As variáveis selecionadas foram: ano de notificação (2012 a 2021), região de notificação (Sul), faixa etária (15 a 19 anos) e sexo (feminino). Os dados foram planilhados no Microsoft Office Excel® e analisados por meio da estatística descritiva.

Resultados

No período analisado, foram notificados 11.910 casos de sífilis em meninas na faixa etária de 15 a 19 anos na região Sul. O Rio Grande do Sul apresentou o maior número de casos quando comparado com os outros dois estados (PR e SC), totalizando 6.455 (54,2%). A região em estudo teve o ano de 2012 com menor índice de notificação, com 172 (1,4%) casos. Entre 2013 e 2018, foi identificado um aumento crescente de casos, respectivamente, tais como: 250 (2,1%), 450 (3,8%), 956 (8,0%), 1.359 (11,4%), 1.862 (15,6%) e 2.385 (20,0%). No triênio, 2019 a 2021, os casos apresentaram um decréscimo, demonstrado pelos números, respectivamente, a seguir: 2.105 (17,7%), 1.575 (13,2%) e 796 (6,7%).

Conclusões/Considerações Finais

Observou-se um aumento crescente das notificações de sífilis em meninas de 15 a 19 anos no sul do país, com pico em 2018, seguido por uma redução gradual a partir de 2019. Tais achados corroboram a preocupante situação da sífilis nessa faixa etária, destacando a importância de medidas preventivas e de educação em saúde. O presente estudo mostra a necessidade do fornecimento de subsídios aos formuladores de políticas públicas e profissionais de saúde no planejamento de estratégias eficazes para o controle da sífilis, visando a melhoria da saúde sexual e reprodutiva dessa população.

Palavras Chave

Epidemiologia; Saúde da Mulher; Sífilis.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Cesumar (UniCesumar) - Paraná - Brasil

Autores

ANA CAROLINA BIZETTO, GEISA DOS SANTOS LUZ, JOSÉ EDUARDO SANTANA TAMEIRÃO, LETÍCIA BUGONI DANELUZ, RAFAELA DE ALMEIDA CARDOSO GÓES