Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO DESFECHO DO TRATAMENTO DE CASOS CONFIRMADOS DE TUBERCULOSE RESISTENTES E SENSIVEIS AS DROGAS TERAPEUTICAS EM NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2013-2022

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: Os mecanismos de resistência aos fármacos na tuberculose (TB) são causados por mutações cromossomais em genes da bactéria, favorecendo o desenvolvimento de linhagens resistentes.

Objetivos

Objetivo: Analisar o desfecho no tratamento de pacientes com resistência medicamentosa à tuberculose no estado de Santa Catarina, entre 2013 e 2022.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, cujos dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período entre 2013 e 2022, tendo-se utilizado as variáveis resistência ou sensibilidade à rifampicina e isoniazida, realização do teste de sensibilidade e desfecho do tratamento.

Resultados

Resultados: Em Santa Catarina, de 2013 a 2022, foram notificados 50 casos de resistência a isoniazida e rifampicina simultaneamente, sendo que destes, 40% (n=20) foram nos últimos 5 anos. O período de 2018 a 2022 gerou 56,64% (n=3.003) dos casos que não realizaram teste de sensibilidade com base nos últimos 9 anos e 52,06% (n=1.172) dos que são sensíveis. No cenário dos últimos 9 anos registrou-se apenas 1 caso de cura, 1 óbito por tuberculose e nenhum caso de falência terapêutica de indivíduos com resistência às duas drogas. A partir de 2018, verificou-se aumento de 130 para 345 registros de sensibilidade aos medicamentos, porém nesse mesmo período o número de testes de sensibilidade realizados diminuiu de 836 para 404, representando queda de 14,28%. O ano de 2022 representou cerca de 32,78% (n=20) dos casos que tiveram resistência apenas à isoniazida, sendo considerado o ano com maior número de resistência dos últimos 9 anos. Além de possuir 30,3% (n=10) de casos resistentes à rifampicina e 7,62% (n=404) dos testes de sensibilidade não realizados em 9 anos. Apesar disso, 2022 registrou 33,33% da taxa de cura tanto dos pacientes resistentes à isoniazida quanto aos resistentes à rifampicina, havendo apenas 1 caso de morte por tuberculose em paciente resistente à rifampicina.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: Atualmente o Brasil não é considerado um país com alta carga de TB drogarresistente, porém nota-se uma crescente subdetecção desses casos pela queda da realização dos testes de sensibilidade, dificultando a eliminação dessa doença no Brasil. Esse cenário gera um pior desfecho ao paciente pela suscetibilidade a sequelas após um tratamento inadequado. Assim sendo, é imprescindível a necessidade de um rígido controle no tratamento diretamente observado, além do controle de qualidade dos resultados do teste de sensibilidade

Palavras Chave

Palavras-chave: Tuberculose; Tuberculose resistente a múltiplos medicamentos; Resistência a múltiplos medicamentos; Isoniazida; Rifampina.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

MIRELA COMIN SALVARO, GAIA BATISTA, CECÍLIA JULIANI FELIPPE