Dados do Trabalho


Título

INVESTIGAÇAO DE DISFUNÇAO ERETIL EM HOMENS COM HISTORICO DE INFECÇAO POR CORONAVIRUS (SARS-COV-2)

Fundamentação teórica/Introdução

A pandemia do Covid-19 impôs graves prejuízos à saúde física e mental da população em geral, secundários ao medo e ansiedade somados às consequências da infecção em quase todos os segmentos do corpo. Uma complicação extra foi imposta aos homens, pois são considerados mais vulneráveis à infecção e apresentam pior prognóstico do que as mulheres. Assim, não é surpreendente que a saúde sexual masculina possa ser afetada durante este período. Problemas psicológicos e/ou físicos podem desempenhar um papel neste contexto. Além disso, o SARS-CoV-2, embora seja um vírus de caráter respiratório, que afeta principalmente os pulmões, é capaz de infectar outros tecidos. Os órgãos reprodutivos expressam o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 que promove o acesso viral à célula, de forma que o vírus SARS-CoV-2 é encontrado infectando espermatogônias, espermátides, células de Sertoli e Leydig, embora as consequências dessa infecção ainda sejam desconhecidas. Portanto, o desempenho sexual masculino em homens infectados com COVID-19 foi estudado comparando-o com o desempenho daqueles sem infecção durante e antes da pandemia, visto o grande impacto gerado na saúde e bem-estar do indivíduo.

Objetivos

Analisar a disfunção erétil em uma amostra de pacientes brasileiros durante a pandemia com e sem infecção por COVID-19 e comparar os resultados com uma amostra de pacientes obtida previamente à pandemia.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal analítico. Pesquisa realizada através da Internet com questões epidemiológicas, informações sobre a infecção pelo COVID-19 e o questionário IIEF-2 (International Index for Erectile Function).

Resultados

Quatrocentos e dezoito homens foram estudados, sendo 210 com informações obtidas previamente à pandemia e 208 com informações obtidas durante a pandemia (84 com infecção pela COVID-19 e 124 sem infecção). Pacientes com infecção pela COVID-19 tiveram piores resultados no IIEF se comparados aos pacientes sem infecção - tanto o grupo avaliado previamente a pandemia como durante a pandemia -, com valor de P = 0,01, além de terem usado mais estimulantes sexuais (P = 0,02). Os resultados se mostraram piores no 1º mês após a infecção e em indivíduos que necessitaram de hospitalização.

Conclusões/Considerações Finais

Pacientes que tiveram COVID-19 apresentaram piora da função erétil, que se mostrou mais severa no 1º mês após a infecção.

Palavras Chave

COVID-19; Disfunção erétil.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

CESAR ALEXSANDRO ARBIGAUS, RENATO NISIHARA, GABRIEL MARTON BRESSA, MATHEUS CAIRES DOS SANTOS, VINICIUS BUTURI MACHADO