Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR DENGUE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DE UMA DÉCADA.

Fundamentação teórica/Introdução

A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente no Brasil, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se manifesta como uma doença febril aguda, de espectro clínico variável, apresentando desde casos assintomáticos a formas graves, inclusive com o desfecho desfavorável do óbito.

Objetivos

Identificar as características epidemiológicas dos óbitos por dengue no Brasil entre os anos de 2012 a 2021.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, quantitativo, de caráter observacional, com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio de análise das variáveis: categoria CID-10 A90 (dengue) e A91 (febre hemorrágica devida ao vírus da dengue); óbitos por ocorrência; ano do óbito; região; sexo; e faixa etária.

Resultados

No período de 2012 a 2021, registraram-se 5.713 mortes por dengue no Brasil, com destaque aos anos de 2015 e 2019, com 930 e 902 óbitos, respectivamente. As regiões Sudeste (42,97%), Centro-Oeste (23,75%) e Nordeste (22,03%) concentraram as maiores porcentagens, em contraste com as menores nas regiões Norte (4,04%) e Sul (7,19%). O sexo masculino foi mais acometido (53,17%) que o feminino (46,78%), com uma razão de 1,13. Em relação à faixa etária, houve predomínio de mortes acima de 50 anos (61,5%), evidenciando-se os idosos com mais de 80 anos (18,7%).

Conclusões/Considerações Finais

Apesar de ser uma doença prevenível através de controle do vetor, a dengue representa um importante problema de saúde pública, tendo em vista que o manejo clínico nem sempre é eficaz na recuperação do paciente e ocorre uma quantidade considerável de óbitos. Portanto, a identificação de grupos de maior risco, como os pacientes idosos, reforça a necessidade de maior suspeição diagnóstica e de atenção aos sinais de alarme, bem como de que o tratamento seja guiado por protocolos já instituídos na literatura conforme a classificação de gravidade. Ademais, torna-se salutar a intensificação de campanhas de prevenção, principalmente com educação em saúde, para que a população se torne aliada no combate ao vetor e, consequentemente, seja possível uma maior redução no número de casos de dengue.

Palavras Chave

Dengue; Epidemiologia; Mortalidade.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Amapá - Amapá - Brasil

Autores

FERNANDA GESSICA DA SILVA DUARTE, LUANA JAÇANÃ RESENDE DOS SANTOS TAVARES, MARIA HELENA MENDONÇA DE ARAÚJO