Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO HEPATITE AUTOIMUNE - ASPECTOS CLINICOS, DIAGNOSTICO E TERAPEUTICA.

Fundamentação teórica/Introdução

A hepatite autoimune (HAI) é uma doença inflamatória do fígado caracterizada pela resposta imune inapropriada, levando à destruição progressiva dos hepatócitos. Considerada uma patologia rara de etiologia ainda não bem definida, podendo estar relacionada ao sistema de antígeno leucocitário humano, gatilhos ambientais, hepatites virais ou medicamentos. O mecanismo autoimune gera inflamação crônica, levando à perda histológica, possibilitando evoluir com quadro de cirrose, insuficiência hepática ou carcinoma hepatocelular.

Objetivos

O objetivo deste relato de caso é descrever um caso clínico com diagnóstico de HAI, descrevendo os aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento.

Delineamento e Métodos

Estudo realizado no modelo relato de caso, descrevendo a história clínica, exames complementares, tratamento proposto e seguimento.

Resultados

Paciente feminina, 50 anos, com queixa de icterícia, colúria, prurido, dor abdominal difusa de início há 40 dias da admissão. Negou comorbidades ou uso de medicamentos de uso contínuo. Ao exame físico, destacava-se apenas icterícia 4+/4+. Em relação aos exames laboratoriais solicitados: transaminase oxalacética (TGO) 955,0 UL, transaminase pirúvica (TGP) 1165,1 UL, fosfatase alcalina (FA) 125,0 UL, gama glutamil transferase (GAMA GT) 143 UL, Bilirrubina total 22,90 mg/dL sendo a fração direta 11,47 e indireta 11,43 mg/dL, proteína C reativa (PCR) 20,92 mg/dL, função renal, hemograma, coagulograma, eletrólitos, exame de urina e enzimas pancreáticas dentro da normalidade. Solicitados posteriormente novos exames - Imunoglobulina G - IGG 1.082 mg/dL, anticorpos anti-músculo liso reagente, anticorpos anti LKM 1 não reagente, anticorpos anti mitocôndria não reagente, ferro sérico 349 ug/dL, transferrina 204 mg/dL e sorologias negativas. Prosseguindo investigação, fora solicitado biópsia hepática revelando hepatite crônica ativa com presença de plasmócitos em espaço porta favorecendo etiologia autoimune. Diante disso, iniciou tratamento com prednisona 40mg dia e azatioprina 50mg dia resultando em melhora dos parâmetros laboratoriais. Após, constatada estabilidade clínica e condição de alta, paciente encaminhada para hepatologista para seguimento ambulatorial.

Conclusões/Considerações Finais

Em conclusão, esse caso destaca a importância de identificar e diagnosticar a HAI. É crucial também descartar possíveis diagnósticos diferenciais de sintomatologia similar. O acompanhamento regular e o ajuste individualizado da terapia são fundamentais para alcançar a remissão e evitar desfechos desfavoráveis.

Palavras Chave

Hepatite autoimune; diagnóstico; tratamento; Inflamação crônica; Biópsia hepática;

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

GABRIEL BARUEL ALCANTARA, TIAGO SILVEIRA DO CARMO, EDUARDO SCHNEIDER GRANDI, MATEUS RUFATO VICHETTI , BRUNA LAGES ROCHA