Dados do Trabalho


Título

TUMOR DE CELULAS DE LEYDIG - “RELATO DE CASO”

Fundamentação teórica/Introdução

O tumor de células de Leydig é uma neoplasia testicular, geralmente benigna, de células não germinativas mais comum, correspondendo a 1-3% dos casos. A presença do tumor pode se manifestar por ginecomastia e aumento testicular unilateral. Ocorre diminuição das gonadotrofinas, hormônio luteinizante (LH) e foliculestimulante (FSH), além da testosterona, caracterizando hipogonadismo hipogonadotrófico de origem primária.

Objetivos

Demonstrar um caso de paciente com tumor de células de Leydig, com recidiva de ginecomastia após cirurgia de correção.

Delineamento e Métodos

Relato de caso. As informações foram obtidas por análise de prontuário, entrevista do paciente, avaliação dos exames laboratoriais e imagem, além da revisão de literatura.

Resultados

Paciente masculino, 24 anos, apresentou sinais compatíveis com ginecomastia bilateral desde os 16 anos, recidivante após cirurgia de correção aos 18 anos. Negou outros sintomas. Realizou exames laboratoriais com resultados de testosterona total de 176 ng/dL, estradiol de 86 pg/ml, HCG < 0,2, LH de 4,1 U/L e FSH de 0,82 U/L, evidenciando hipogonadismo hipogonadotrófico. A ultrassonografia demonstrou testículo esquerdo medindo 43 x 21mm tópico com imagem nodular, irregular, hipoecogênico, medindo 12x10mm com aspecto de lesão suspeita. Testículo direito, tópico, de morfologia e dimensões normais, ecogenicidade homogênea, medindo 45 x 22mm. Submetido a orquiectomia parcial com análise imuno-histoquímica que confirmou o diagnóstico de tumor de células de Leydig com características benignas, único, sólido, afetando 5% do testículo, restrito ao parênquima testicular, sem infiltração, com parênquima adjacente normal. Após orquiectomia, não apresentou mais sinais de ginecomastia. Os exames laboratoriais demonstraram resultados de testosterona total de 634 ng/dL, FSH de 4,71 U/L e LH de 5,23 U/L.

Conclusões/Considerações Finais

Os tumores de células de Leydig são neoplasias testiculares incomuns que exigem tratamento cirúrgico como primeira opção, sendo a orquiectomia parcial o procedimento mais realizado. É essencial investigar associações com distúrbios hormonais e realizar estudo de imuno-histoquímica para obter um diagnóstico esclarecedor. Com base nesse relato de caso, pode-se concluir que o tumor de células de Leydig foi a causa subjacente da ginecomastia refratária nesse paciente. A remoção cirúrgica do tumor resultou na resolução dos sintomas e na normalização dos níveis hormonais.

Palavras Chave

Tumor de células de Leydig; Neoplasia; Testículo; Ginecomastia

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

SOFIA MITSUE ISHIE, THIAGO DE CARVALHO IOCOHAMA, NATHAN FACIN MALACARNE, LAURA BEATRIZ SEGAT, LARA HENRIQUETA BUSSOLARO RICARDI