Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SIFILIS ADQUIRIDA EM RELAÇAO A ESCOLARIDADE

Fundamentação teórica/Introdução

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), curável e de caráter sistêmico. Sabe-se que sua epidemiologia está ligada à vulnerabilidade social, uma vez que pode ser prevenida e tratada a partir do acesso à informação.

Objetivos

Analisar quantitativamente a progressão do número de casos confirmados de sífilis adquirida entre o período de 2011 e 2021 nas cinco regiões do Brasil. Foi relacionado ao parâmetro de escolaridade desse grupo.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional transversal, descritivo e quantitativo, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, vinculado ao DATASUS, segundo as variáveis de casos notificados de sífilis adquirida e níveis de escolaridade, sendo eles: ignorado/branco, analfabeto, 1º a 5º série incompleta do ensino fundamental (EF), 4º série completa do EF, 5º a 8º série incompleta do EF, ensino EF completo, ensino médio incompleto, ensino médio completo, educação superior incompleta, educação superior completa e não se aplica. Foram analisados diagnósticos de sífilis adquirida nas cinco regiões do Brasil de 2011 a 2021. Os dados foram coletados do dia 03 a 11 de julho de 2023.

Resultados

Foram ao total 908.655 casos de sífilis adquirida notificados no período de 2011 a 2021. Comparando os anos de 2011 e 2021 houve um aumento expressivo na notificação em todos os níveis de escolaridade. No período analisado, observa-se que a maioria dos casos notificados foram ignorado/branco para escolaridade (cerca de 36%), o que compromete a análise epidemiológica adequada dos dados. No entanto, com relação à escolaridade declarada, observou-se a prevalência de casos notificados nesse período no grupo com ensino médio completo (cerca de 18%), seguido pelo grupo da 5º a 8º série incompleta do EF (cerca de 11%). Em contrapartida, o grupo com menor número de notificações, excluindo “não se aplica”, foi o de analfabetos.

Conclusões/Considerações Finais

Nota-se um comprometimento de análise entre as notificações da doença e grau de escolaridade devido à grande porcentagem de ignorados/brancos nesse quesito, que sugerem um mal preenchimento ou falta de compreensão do paciente. Em relação à menor parcela, representada pelos analfabetos, observa-se a própria limitação de informação e acesso até unidades de saúde, gerando uma subnotificação desses casos. Em contrapartida, as porções com escolaridade declarada, com ensino médio completo e 5° à 8° série incompleta, com 18% e 11%, respectivamente, demonstram a relação entre a escolaridade e a adequada notificação dos casos.

Palavras Chave

Epidemiologia; Escolaridade; Sífilis.

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Área

Clínica Médica