Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: DESAFIOS NO MANEJO DE CIRROSE HEPATICA EM PACIENTE COM PROVAVEL NEOPLASIA DE PANCREAS

Fundamentação teórica/Introdução

A baixa adesão ao tratamento e propedêutica propostos em pacientes com neoplasias e doenças crônicas geram desfechos desfavoráveis e impossibilitam de forma categórica propostas curativas. Este trabalho descreve um caso em que o adequado manejo da hepatopatia foi impossibilitado pela recusa do paciente em aceitar tratamento adequado, embora seja importante ressaltar a importância do profissional de saúde acatar o desejo do paciente, contanto que este esteja bem informado.

Objetivos

O presente estudo visa demonstrar como um paciente Child C teve um desfecho negativo e com progressão rápida das patologias, devido à sua resistência em aceitar prescrições e indicações de exames indicados em caráter de internação em hospital de referência em oncologia.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso conduzido para construção de hipóteses onde os pacientes são pouco cooperativos com as equipes e suas condutas.

Resultados

K.E.A.P, 49 anos, sexo masculino, tabagista e etilista, portador de hepatopatia crônica de etiologia alcóolica, associada à ascite volumosa. Relato de inapetência de mais de 15 dias, associada a náuseas e prostração. Apesar dos sintomas, mantinha-se resistente às medidas terapêuticas recomendadas, tais como: uso de lactulose, elevação da cabeceira e ainda a realização de endoscopia digestiva alta. Devido a isso, houve episódios intermitentes de refluxo gastroesofágico, dispneia, alterações de hábito intestinal e queixas persistentes de dor abdominal, náuseas e vômitos. Após recusar endoscopia, evoluiu com hematêmese, hipotensão e taquipneia, levando à transferência do paciente para uma Unidade de Terapia Intensiva, o que, posteriormente, culminou em seu óbito.

Conclusões/Considerações Finais

O estudo descreve as complicações à saúde e aumento da morbimortalidade de paciente pouco cooperativo aos tratamentos médicos recomendados. Este estado profundo de negação e recusa de sua condição de saúde foram fatores determinantes para a não adesão ao plano terapêutico proposto. Tais atitudes podem estar relacionadas às cinco fases do luto propostas por Elisabeth Kübler-Ross: Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Desta forma, é possível observar a importância de abordagens individualizadas e por equipe multidisciplinar capacitada como forma de garantir estratégias que busquem a elevação da resolutividade terapêutica e a diminuição de mortalidade, sem desrespeitar a autonomia do paciente.

Palavras Chave

Cirrose Hepática. Neoplasia pancreática. Refluxo gastroesofágico. Ascite. Cooperação e Adesão ao tratamento.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

LETICIA MOREIRA BATISTA, NATHALIA FRAN OLIVEIRA SOUSA, JÚLIA PEREIRA ALVES, RAFAELA MACIEL PEREIRA DE FIGUEIREDO, SOFIA VILELA SOARES