Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA SITUAÇAO EPIDEMIOLOGICA DE SIFILIS NA CIDADE DE VITORIA-ES

Fundamentação teórica/Introdução

A sífilis, infecção sexualmente transmissível, é uma doença de notificação compulsória no Brasil. Ela é classificada de diferentes formas a depender do tipo de transmissão ou do estágio clínico da doença.

Objetivos

Analisar os números relacionados à sífilis em Vitória, os motivos que levam à discrepância entre os dados obtidos e as medidas para reversão das atuais circunstâncias.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo observacional, que utilizou dados do Sistema de Agravos de Notificações (SINAN), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) para realização de duas análises quantitativas relacionadas à sífilis. Na primeira, fez-se um levantamento dos índices dessa doença nas capitais brasileiras em 2021, destacando-se Vitória-ES. Também, comparou-se dados de 2017 a 2021 acerca das notificações de sífilis adquirida, congênita e em gestantes nessa cidade. Os dados foram computados pelo Microsoft Office Excel (365).

Resultados

A partir dos dados registrados no SINAN e no IBGE obteve-se a razão, para cada 100.000 habitantes, entre as notificações de sífilis adquirida em 2021 e o número populacional das capitais brasileiras de 2022. Vitória teve o maior valor de casos, seguida por Palmas e Belo Horizonte. Ao comparar Vitória com o cenário brasileiro de 2017 a 2021, foi analisado que a notificação de sífilis adquirida teve queda a partir de 2020, mantendo-se superior aos dados do Brasil para o mesmo período. Em 2021, o Brasil apresentou 31,65 notificações a cada 100000 habitantes, enquanto em Vitória esse número foi de 125,74. Além disso, o número de sífilis gestacional em Vitória diminuiu a partir de 2019, chegando a 12,66 notificações para cada 1000 nascidos vivos, ainda cerca de 26% maior que no Brasil. Já em relação à sífilis congênita, Vitória apresentou dados com uma redução em 5 anos, visto que, em 2017, era de 28,18 e, em 2021, 4,8 notificações para cada 1000 nascidos vivos, aproximando-se do parâmetro nacional.

Conclusões/Considerações Finais

A sífilis adquirida em Vitória apresenta dados superiores às outras capitais e ao cenário geral brasileiro. Portanto, são necessárias políticas públicas para reduzir esse número. As sífilis gestacional e congênita tiveram queda possivelmente devido ao Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita, mas ainda têm superioridade quando comparadas aos dados nacionais.

Palavras Chave

“sífilis”, “notificação de doença”, “infecções sexualmente transmissíveis”

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

GABRIELA GONZAGA GONTIJO DE CARVALHO, JULIA RODRIGUES SOUZA GANGRA, LAURA GONZAGA DE CARVALHO BONIFÁCIO