Dados do Trabalho


Título

TUMOR DE SPITZ ATIPICO: UM RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

O tumor de Spitz é
uma rara lesão melanocítica com
características clínicas e
histopatológicas distintas. O tumor de
Spitz atípico possui características que
dificultam sua classificação definitiva
como benigna ou maligna, exigindo
uma investigação aprofundada das
particularidades clínicas,
histopatológicas e genéticas dessa lesão.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente
diagnosticada com tumor de Spitz
atípico e a conduta médica frente a
doença.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso baseado em um estudo prospectivo e observacional com informações de prontuário, registros de imagens e revisão de literatura.

Resultados

Paciente de 39 anos, do sexo feminino,
realizou consulta com oncologista
apresentando lesão acastanhada em
dorso à esquerda, assintomática, e de
crescimento progressivo, não sangrante.
Fototipo II de Flitzpatrick, sem
comorbidades, com história pessoal de
exposição solar na infância e juventude
sem fotoproteção ao longo da vida. Na
dermatoscopia revelou pápula ovalada,
hipercrômica, acastanhada, medindo 0,7
cm de diâmetro. Foram feitas hipóteses
diagnósticas de nevo, dermatofibroma e
melanoma. Optou-se pela realização da
biópsia excisional com envio de
material para exame
anatomopatológico, que teve o
resultado compatível com melanoma
em fase de crescimento vertical, nível
III de Clark, espessura de Breslow 1,8
mm e 1 mitose /mm² e com infiltração
linfocitária peritumoral moderada e
infiltração linfocitária intramural leve.
Realizou-se o estudo
imuno-histoquímico para
complementação diagnóstica. No painel
imuno-histoquímico, aspectos
histológicos de proliferação
melanocítica atípica de padrão
composto, devido aos achados, foi
classificado como tumor de Spitz
atípico. Após a realização de ampliação
de margens cirúrgicas (3cm), a paciente
encontra-se em acompanhamento
periódico com as equipes da
dermatologia e oncologia.

Conclusões/Considerações Finais

O reconhecimento do raro subtipo do
tumor de Spitz com morfologia atípica é
crucial, dada a falta de estudos
padronizados e a variabilidade nas
recomendações de tratamento. A análise
imuno-histoquímica desempenha papel
essencial na diferenciação entre
melanoma e tumor de Spitz atípico,
quando o estudo anatomopatológico não
é conclusivo. O acompanhamento a
longo prazo é fundamental para estudos
prognósticos mais aprofundados.

Palavras Chave

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE PARANAENSE - Paraná - Brasil

Autores

KAROLAYNE SKIBA LAZZARI, KAREN SIMONE FIZINUS RODRIGUES, RENAN BREZINSKI CORADIN, EVELISE NATHALIE DE CASTRO OLIVEIRA, ELTON DA CRUZ ALVES PEREIRA