Dados do Trabalho


Título

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO NO ESTADO DE SAO PAULO: EPIDEMIOLOGIA DA MORBIDADE HOSPITALAR NOS ULTIMOS 5 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil, constituindo um desafio para a saúde pública. Em São Paulo (SP), estado com 45,14 milhões de habitantes e sede da maior metrópole do país, hábitos inadequados, como sedentarismo e alimentação imprópria, são comuns e agravam essa realidade. O infarto agudo do miocárdio (IAM) assume relevância nesse contexto, não apenas por ameaçar vidas, mas também devido aos consideráveis custos que impõe ao Sistema Único de Saúde, abrangendo desde o atendimento emergencial até a fase de reabilitação.

Objetivos

OBJETIVOS: descrever a epidemiologia das internações por IAM em SP entre 2018 e 2022.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: trata-se de um estudo retrospectivo transversal de abordagem quantitativa, observando-se no Sistema de Informações hospitalares (SIH/SUS) as variáveis de faixa etária, sexo, raça, média de permanência e óbitos das internações por IAM em regime de urgência de janeiro de 2018 a dezembro de 2022 no estado de São Paulo. As variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.

Resultados

RESULTADOS: Ao longo do período analisado, SP registrou 173.445 casos de Infarto Agudo do Miocárdio, consolidando-se como o estado com a maior incidência dessa condição em todo o país, proporcionalmente ao seu contingente populacional. Os casos de caráter urgente representaram 91,49% das internações totais pela doença (189.567), que tiveram média de 7,7 dias cada. Em relação às variáveis sociodemográficas, verificou-se predomínio masculino (63,60%; 110.316) e étnico branco (61,82%; 107.230). A faixa etária acima de 40 anos compreendeu a maioria dos casos, totalizando 75,94% (131.730). A taxa de mortalidade no estado foi de 10,11 mortes a cada 100 internações, superior à média da região sudeste (10,01). Houve registro de 17.536 óbitos.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise da epidemiologia das internações por IAM em SP revela um emergente e desafiador cenário no âmbito da saúde pública. A expressiva incidência de casos, aliada ao alto custo do tratamento e reabilitação da patologia, ressalta a importância ações efetivas sobre as doenças cardiovasculares. A predominância em homens, brancos e acima de 40 anos, semelhante ao perfil nacional, possivelmente direciona políticas de saúde eficazes para reduzir a morbimortalidade do IAM e impulsionar esforços para a prevenção e tratamento mais efetivos.

Palavras Chave

Infarto; Emergência; Prevenção; Epidemiologia; Hospitalização.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - Santa Catarina - Brasil

Autores

THAIS PEREIRA DA ROSA, ANITA DOS SANTOS CARDOSO, THAIZ ROSSO ZATTA, MARIA LAURA PAES FORMANSKI