Dados do Trabalho


Título

ABSCESSO HEPATICO PIOGENICO ASSOCIADO A ENDOFTALMITE ENDOGENA: RELATO DE CASO.

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: A Klebsiella pneumoniae, bactéria gram-negativa, é causa comum de infeções graves, incluindo abscesso hepático piogênico, podendo ter complicações sépticas metastáticas para outros órgãos. A endoftalmite endógena é uma infecção dentro do globo ocular envolvendo o humor vítreo, doença rara e com prognóstico visual reservado, necessitando de diagnóstico e abordagem precoces.

Objetivos

Objetivo: Relatar um caso de abscesso hepático associado a endoftalmite endógena.

Delineamento e Métodos

Método: Relato de caso.

Resultados

Relato de caso: FDS, 43 anos, masculino, portador de diabetes mellitus insulinodependente. Iniciou com quadro de hiporexia, astenia e náuseas há 2 semanas. Procurou atendimento em outro serviço hospitalar, sendo realizado exames e prescrito Amoxicilina + clavulanato. Após 2 dias, iniciou com edema palpebral a direita, hiperemia conjuntival e diminuição da acuidade visual ipsilateral, com saída de secreção hialina. Na chegada ao nosso serviço, paciente com edema palpebral superior a direita e hiperemia conjuntival, leucocoria ipsilateral, dor à palpação de hipocôndrio direito, febril 39,6°C e hipotenso PA 70x60mmHg. Realizados exames complementares, com aumento de enzimas canaliculares e provas inflamatórias, Tomografia Computadorizada (TC) de abdome evidenciado áreas de impregnação irregular, periféricas por meio de contraste em fígado, um em segmento VI medindo 7x6cm, outra de 6x5,5cm em segmento V, sugestivos de abscessos, trombo de veia hepática média e pequena quantidade de líquido perihepático, e, TC de crânio com espessamento de tecido pré-septal. Iniciado tratamento endovenoso com Piperacilina + tazobactam e realizada drenagem de abscessos hepáticos através de punção ecoguiada com saída de secreção purulenta. O material foi enviado para cultura, sendo positivo para Klebsiella pneumoniae spp, sensível ao antibiótico em uso. Apresentou piora do quadro ocular, com amaurose e dor ocular a direita, e ao exame, proptose de globo, edema palpebral, quemose, restrição de movimentação ocular, edema de córnea e câmara anterior rasa com hipópio. Avaliado pela oftalmologia que fez o diagnóstico de endoftalmite. Evoluiu com melhora dos sintomas oculares e do processo inflamatório com uso de antibioticoterapia, sem necessidade de abordagem intravítreo.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A investigação de foco primário infeccioso é de suma importância na abordagem do paciente com suspeita de endoftalmite endógena, a fim de diagnostico precoce para evitar consequências graves, incluindo a perda de visão.

Palavras Chave

Abscesso

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UFFS - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

DANIELA GALON CARNIEL, SUELEN ZANONI BERTUZZI, BRUNA PEDROSO PEREIRA