Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE DEPRESSAO EM INDIVIDUOS COM DIABETES MELLITUS EM TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL.

Fundamentação teórica/Introdução

O Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica de alta prevalência e com uma série de complicações. Estima-se que pelo menos 1/3 das pessoas com DM sofrem de transtornos depressivos. Sabe-se que algumas mudanças neuroquímicas induzidas pelo DM podem contribuir para o desenvolvimento da depressão, além disso, cuidados relacionados ao diabetes, como controle frequente da glicemia e dieta alimentar restrita, podem influenciar no desenvolvimento deste desfecho. Assim, é pertinente conhecer a prevalência de indivíduos com DM em tratamento medicamentoso que possuem depressão.

Objetivos

Avaliar a prevalência de depressão em indivíduos com DM em tratamento medicamentoso.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal de base populacional com dados da pesquisa Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) de 2021, realizada com indivíduos com ≥18 anos, residentes nas capitais brasileira e no Distrito Federal. Foram analisados apenas indivíduos que referiram diagnóstico de DM no momento da entrevista. Na variável uso de tratamento medicamento para DM foi considerado o uso de comprimidos e insulina para o tratamento da doença. O desfecho estudado foi o diagnóstico de depressão autorreferido. Foi realizada descrição das variáveis DM, depressão e tratamento medicamentoso através da apresentação de frequências absoluta (n) e relativa (%). O teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5% (p<0,05) foi utilizado para avaliar associação entre tratamento medicamentoso e depressão. O Vigitel foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Ministério da Saúde (CAAE: 65610017.1.0000.0008).

Resultados

Foram estudados 27.065 indivíduos, destes 15,3% tinham DM e 13,1% tinham depressão. Dos 4.139 indivíduos com DM, 89,6% referiram fazer uso de tratamento medicamentoso. Por fim, ao avaliar a associação entre o uso de tratamento medicamentoso para DM e depressão, não foi observada diferença estatisticamente significativa (p=0,093), entre os indivíduos que realizavam tratamento medicamentoso (17,2%) e os que não realizavam (14,0%).

Conclusões/Considerações Finais

Não foi encontrada diferença na prevalência de depressão em indivíduos com DM com e sem tratamento medicamentoso para a doença. Sendo assim, são necessários novos estudos, principalmente longitudinais, para melhor identificar essa relação.

Palavras Chave

Doença crônica, hiperglicemia, transtorno depressivo.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

universidade do extremo sul catarinense UNESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

EDUARDO MACHADO TEIXEIRA, MICAELA RABELO QUADRA, ISABELA DA SILVA LEMOS, CAROLINA ANTUNES TORRES, EMILIO LUIZ STRECK