Dados do Trabalho

Título

ENDOCARDITE INFECIOSA SUBAGUDA EM PACIENTE COM PROTESE BIOLOGICA DE VALVA AORTICA DIAGNOSTICADA UTILIZANDO OS NOVOS CRITERIOS DE DUKE-ISCVID 2023

Fundamentação teórica/Introdução

A endocardite infecciosa (EI) trata-se de uma invasão de microrganismos em tecido endocárdico ou material protético do coração. É uma doença desafiadora devido sua apresentação diversa. Assim, a fim de padronizar e auxiliar em seu diagnóstico, surgiram os critérios de Duke. Em 2023, a Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas Cardiovasculares (ISCVID) propôs modificações importantes, como a inclusão de um terceiro critério maior, novos critérios menores, dentre outras mudanças.

Objetivos

Descrever um relato de caso de um paciente com quadro de endocardite
infecciosa em prótese biológica diagnosticado com auxílio dos critérios de Duke-ISCVID
2023.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo do tipo relato de caso retrospectivo e
observacional em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital do estado de Santa
Catarina.

Resultados

Masculino, 45 anos, hipertenso, portador de epilepsia e retardo mental,
cirurgia prévia de troca valvar há 13 anos por prótese biológica em valva aórtica (VA)
devido febre reumática. Deu entrada no serviço de emergência com quadro de vômitos,
diarreia, inapetência, dor abdominal difusa e febre não aferida. Os exames laboratoriais
demonstraram leucocitose e proteína C reativa quantitativa elevada. A tomografia de
abdome contrastada foi sugestiva de pielonefrite. Iniciou-se antibioticoterapia e, após 05
dias, evoluiu com dor torácica, hipotensão e dessaturação. O ecocardiograma
transtorácico evidenciou disfunção significativa de prótese biológica do tipo estenose. O
quadro clínico se agravou com parestesia de membro superior e inferior esquerdo e
constatou- se acidente vascular encefálico isquêmico através da ressonância magnética
de crânio, sendo necessário suporte em UTI. Realizado também ecocardiograma
transesofágico com presença de duas vegetações em prótese de VA. Paciente evoluiu
com choque cardiogênico por insuficiência de VA, necessitando de abordagem de
emergência pela cirurgia cardíaca, onde foi visualizado a vegetação e abcesso
perivalvar, corroborando com o diagnóstico de EI segundo os critérios de Duke-ISCVID
2023.

Conclusões/Considerações Finais

Sendo assim, uma vez diante da possibilidade de EI, deve-se estar
atualizado e buscar preencher os critérios de Duke-ISCVID 2023, visto que essa
atualização tem como objetivo maximizar os diagnósticos da patologia. Assim, a terapia
individualizada pode acontecer o mais precoce possível e culminar em melhores
prognósticos.

Palavras Chave

Endocardite Bacteriana Subaguda, Doença das Valvas Cardíacas,
Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares

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Área

Clínica Médica