Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE SENSIBILIDADE DAS INFECÇOES DE TRATO URINARIO COMUNITARIAS EM LONDRINA, PARANA– TRABALHO CIENTIFICO

Fundamentação teórica/Introdução

A Escherichia coli (E. coli) é responsável por 70 a 85% dos casos comunitários de infecção do trato urinário (ITU).
Muitas vezes, o tratamento é instituído de forma empírica e não preconiza o perfil de sensibilidade regional.
Com o uso indiscriminado de antimicrobianos no advento da antibioticoterapia, aumentou-se a chance de resistência microbiana e falha de tratamento.

Objetivos

Avaliar o perfil de sensibilidade das cepas microbianas, em destaque para E. coli, causadoras de ITU comunitária na cidade de Londrina-PR; com o objetivo de guiar prescritores quanto ao tratamento empírico inicial regional.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional retrospectivo transversal. Foi realizada análise de prontuários e uroculturas entre o período de 2018 a 2021 em hospital especializado urológico da cidade de Londrina-PR.
O N amostral total foi de 238 uroculturas, coletadas em admissão hospitalar, de pacientes com ITU sintomática.
Para a cistite considerou-se adequado o uso de antimicrobianos dos quais a resistência não ultrapassasse 20%, para o tratamento de pielonefrite 10%.
Para embasamento teórico foram utilizadas as plataformas: PubMed e UpToDate.

Resultados


Dentre as uroculturas analisadas 73,50% dos microrganismos representavam E. coli, 2,9% Enterobacter spp, 5,88% Enterococcus spp, 5,88% Klebsiella spp, 2,9% Proteus spp, 1,5% Pseudomonas spp, 1,5% Candida spp e 5,88% Staphylococcus saprophyticus.
Em estudo do perfil de resistência da E. coli, bactéria mais prevalente em ITU comunitária, observou-se que 34% eram resistentes a cefalosporinas de 1ª geração, 6% a cefalosporinas de 3ª geração, 2% a cefepime, 2% a carbapenêmicos, 2% a aminoglicosídeos, 22% a sulfametoxazol + trimetoprima, 6% a piperacilina + tazobactam, 32% a quinolonas, 8% a nitrofurantoína, 4% a fosfomicina trometamol e 22% a amoxicilina + clavulanato.
Ao considerar os dados supracitados, para tratamento de cistite em que é necessário menos de 20% de resistência as melhores opções empíricas via oral (VO) são nitrofurantoína e fosfomicina. Contudo, em caso de pielonefrite, não houve opção VO satisfatória, seja por resistência maior que 10% ou por concentração inadequada em parênquima renal.

Conclusões/Considerações Finais

As opções de tratamento empírico para ITU comunitárias são limitadas. Em caso de tratamento VO para cistite, restringe-se à nitrofurantoína e fosfomicina; enquanto para pielonefrite não há opção VO viável.

Palavras Chave

Infecção do trato urinário. Resistência bacteriana. Escherichia coli.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

JESSICA BASTOS MARTINS, LILIANA LUDWIG ZIEGLER, ANDREIA ETSUKO ISHII, JEAN MARCOS DE COSTA, WALTON LUIZ DEL TEDESCO JÚNIOR