Dados do Trabalho


Título

DIABETES EM IDOSOS: AVALIAÇAO DO PERFIL METABOLICO E TRATAMENTO CLINICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UNIDADE DE SAUDE NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Fundamentação teórica/Introdução

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica que afeta o organismo de forma progressiva e sistêmica, sendo necessário monitoramento laboratorial para acompanhar e prevenir complicações. Sabe-se que o envelhecimento populacional é um fator predisponente ao desenvolvimento dessa doença, o que contribui para piora funcional e cognitiva do idoso.

Objetivos

Avaliar perfil glicêmico, lipídico, Índice de Massa Corpórea (IMC) e medicações utilizadas por idosos diabéticos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, individuado e transversal, realizado mediante coleta de dados de prontuários de portadores de DM2. Foram avaliados 120 idosos, entre 65 e 87 anos, atendidos no ambulatório de Endocrinologia da rede municipal de saúde em Macaé-RJ. Os dados colhidos foram sexo, idade, IMC, Hemoglobina Glicada (HbA1c), LDL, triglicerídeos, hipoglicemiantes orais e insulina utilizados.

Resultados

Neste estudo, 60,8% dos pacientes eram do sexo feminino e 39,2% do sexo masculino. A média aritmética calculada do IMC desses pacientes foi de 28,1Kg/m², valor dentro da faixa de sobrepeso, enquanto que 38,3% apresentaram IMC maior ou igual 30Kg/m², compatível com obesidade. Observa-se também que a média da HbA1c foi de 7,0%, sendo que em recorte apenas dos pacientes com IMC a partir de 30, a média tornou-se 7,19%. Em relação ao perfil lipídico, a média da taxa de LDL foi de 101,67mg/dl e de triglicerídeos foi 142,57mg/dl. Todos esses pacientes realizavam terapêutica medicamentosa, com hipoglicemiantes orais e/ou insulina. Dentre os medicamentos orais, o mais prevalente foi Metformina, usada por 85,83% dos pacientes, seguido por Gliclazida, em 10,8% dos pacientes. Outros hipoglicemiantes orais usados foram: Sitagliptina, Alogliptina, Vildagliptina, Linagliptina, Glibenclamida, Pioglitazona, Dapagliflozina, Empagliflozina, Glimepirida e Semaglutida. Além disso, 33,3% do total de pacientes fazia uso de insulina.

Conclusões/Considerações Finais

A partir dos dados coletados, destaca-se alta prevalência de sobrepeso e obesidade, que pode ser previsto devido à resistência insulínica que ocorre a partir do acúmulo de gordura. Observa-se também, um aumento da média da HbA1c dos indivíduos obesos em relação ao total de pacientes. A hipertrigliceridemia mostrou-se significativa nessa população, fator de risco para doenças cardiovasculares. Metformina revelou-se o medicamento de escolha nesse grupo, seguida pela Gliclazida. Em pacientes em que o controle da HbA1c não foi possível apenas com hipoglicemiante oral, associou-se insulina.

Palavras Chave

Diabetes Mellitus; Idoso; Hipoglicemiantes

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

BEATRIZ DO VALLE GOUDARD, KARINA SCHIAVONI SCANDELAI CARDOSO REIS , MARIA ALICE PEREIRA JUNQUEIRA DE OLIVEIRA, MAYARAH SERENO FRANCO DE DEUS , ADELAIDE RODRIGUES DE MOURA