Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE VULNERABILIDADE CLÍNICO-FUNCIONAL DE IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO

Fundamentação teórica/Introdução

A mudança da pirâmide demográfica do país, o aumento da expectativa de vida e, consequentemente, o aumento da população idosa trouxeram novos desafios para a sociedade. para garantir qualidade de vida aos idosos. Nesse contexto, faz-se necessário uma política de saúde com uma abordagem multidimensional para a pessoa idosa, a partir da estratificação dos pacientes e elaboração de um plano de cuidados.

Objetivos

Traçar o perfil clínico-epidemiológico da população idosa atendida no ambulatório de atenção especializada, de acordo com a estratificação de risco, a partir da aplicação do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20).

Delineamento e Métodos

Estudo observacional transversal realizado no Centro Regional de Especialidades (CRE). A coleta de dados foi realizada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Unioeste (parecer: 6.086.220). A amostra foi composta por 407 idosos, atendidos no período de 2018 a 2020, estratificados pelo instrumento IVCF-20, uma metodologia de Avaliação Geriátrica Ampla ou multidimensional, de acordo com os domínios idade, autopercepção da saúde, atividades de vida diárias, cognição, humor/comportamento, mobilidade, comunicação e a presença de comorbidades múltiplas. O IVCF-20 estratifica o indivíduo como idoso robusto, em risco de fragilização ou frágil. A partir dos dados obtidos, foi aplicada análise estatística para traçar o perfil clínico-epidemiológico da população idosa atendida no ambulatório de atenção especializada.

Resultados

Os resultados mostraram que, na amostra analisada, a idade média dos indivíduos foi de 78.46 anos, com um desvio padrão de 8.11 anos. Quanto ao número de consultas, a média foi de 2.76 consultas, com um desvio padrão de 2.04 consultas. Além disso, a maioria das pessoas idosas (50,86%) foi classificada como frágil, indicando uma maior vulnerabilidade dessa populaçãoe uma porcentagem significativa (12,04%) foi classificada como em risco de fragilização, de acordo com os domínios avaliado.

Conclusões/Considerações Finais

Conclui-se que a população idosa atendida no CRE é predominantemente frágil, isto é, apresenta uma vulnerabilidade clínico funcional, relacionada principalmente com a insuficiência cognitiva, comorbidades múltiplas e polifarmácia. Com isso, destaca-se a importância da elaboração de um plano de cuidados compartilhado entre a atenção básica e a especializada, visando melhorar os indicadores de saúde e a qualidade de vida do idoso.

Palavras Chave

Estratificação; Idoso frágil; Envelhecimento saudável.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Autores

SAMYRA SOLIGO ROVANI, LARISSA AMROZIM DE OLIVEIRA, GUILHERME WELTER WENDT, ANA PAULA VIEIRA, VICENTE VICENTE MARANHAO