Dados do Trabalho


Título

DOENÇA REUMATICA CRONICA DO CORAÇAO: UMA ANALISE DO IMPACTO FINANCEIRO NO SISTEMA UNICO DE SAUDE NOS ULTIMOS 10 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

Introdução: A Doença reumática crônica do coração é uma complicação decorrente de episódios repetitivos ou graves da Febre reumática, caracterizada pelo dano crônico ao tecido cardíaco e, principalmente, às válvulas cardíacas.

Objetivos

Objetivos: Descrever e analisar o impacto financeiro da Doença reumática crônica cardíaca no período de 2012 a 2022 no Sistema Único de Saúde.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, observacional e quantitativo. Foram coletados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes ao período de janeiro de 2012 a fevereiro de 2022. As variáveis analisadas foram: região, ano de internação, tempo médio de internação e custo por internação.

Resultados

Resultados: No período de 2012 a 2022 ocorrem, no Brasil, 82.608 internações por doença reumática crônica do coração, sendo 33.193 na região Sudeste (40,1%), 24.666 na região Nordeste (29,8%), 12.059 na região Sul (14,5%), 8.727 na região Centro-Oeste (10,5%) e 3.963 na região Norte (4,7%). O custo médio por internação foi de 12.969,02 reais na região Sul, 11.597,00 na região Centro-Oeste, 11.498,01 reais na região Sudeste, 10.925,93 reais na região Nordeste e 9.737,06 reais na região Norte. Quanto ao tempo médio de internação, a média foi de 13,9 dias na região Sudeste, 13,8 dias na região Norte, 12,2 dias na região Sul, 11,7 dias na região Centro-Oeste e 11,1 dias na região Norte. Os custos totalizaram 947.340.858,89 reais, sendo 40,2% desse valor concentrado na região Sudeste, 28,4% na região Nordeste, 16,5% na região Sul, 10,6% na região Centro-Oeste e 4% na região Norte.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A Doença reumática crônica do coração causou expressivo impacto financeiro no período de 2012 a 2022, principalmente, nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul, seja pela maior quantidade de internamentos, seja pelo custo de internação. Quanto ao tempo de permanência hospitalar, as regiões Sudeste e Norte apresentam duração maior do as demais regiões. Nesse sentido, o diagnóstico precoce de Febre reumática, o tratamento adequado e a prevenção secundária seriam estratégias eficazes para diminuir o número de casos que evoluem para o quadro de Doença reumática crônica do coração e, consequentemente, no impacto financeiro gerado por essa doença.

Palavras Chave

Palavras-chave: DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO; BRASIL; IMPACTO FINANCEIRO

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Estadual do Centro Oeste - Paraná - Brasil

Autores

DANILA MOREIRA ROQUE