Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA DE ESOFAGO NA REGIAO SUL: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DA MORBIDADE HOSPITALAR NOS ULTIMOS 5 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: A neoplasia de esôfago (NE) apresenta uma agressividade e progressão significativas, impactando a qualidade de vida dos pacientes e representando desafios para os profissionais de saúde e sistemas públicos. Os altos custos associados ao diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos acentuam ainda mais esse quadro, tornando-a uma questão relevante em âmbito de saúde pública.

Objetivos

OBJETIVOS: descrever a epidemiologia das internações por NE na região sul entre 2018-2022.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo transversal de abordagem quantitativa, observando-se no Sistema de Informações hospitalares (SIH/SUS) as variáveis de caráter de atendimento, média de permanência, faixa etária, sexo, raça e óbitos nas internações por neoplasia de esôfago de janeiro/2018 a dezembro/2022.

Resultados

RESULTADOS: Durante o período analisado, foram registrados 25.000 casos de neoplasia de esôfago (NE) na região sul, colocando-a como a segunda com maior número de casos no país, correspondendo a 28,23% do total nacional (88.531 casos), apesar de possuir a menor população. A maioria dos pacientes (70,92%; 17.730) foi internada em regime de urgência e permaneceu sob cuidados médicos por uma média de 5,3 dias. Em relação às variáveis de sexo, raça e faixa etária, a maioria dos pacientes era composta por homens (75,87%; 18.968), brancos (82,40%; 20.601), e com idade acima de 50 anos (90,92%; 22.731). A taxa de óbito na região foi de 10,94 mortes a cada 100 mil habitantes, totalizando 3.281 fatalidades diretamente relacionados à patologia, excluindo possíveis óbitos por comorbidades associadas.

Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A neoplasia de esôfago na região sul do país apresenta desafios complexos na área da saúde pública. Observa-se que a concentração de casos de NE em pacientes do sexo masculino, brancos e acima de 50 anos instiga associações entre possíveis fatores de risco ambientais, requerendo estudos mais aprofundados para compreender suas associações causais. Para enfrentar a problemática, é fundamental priorizar a conscientização pública sobre os fatores de risco e sintomas dessa doença grave e de prognóstico sombrio, além de aplicar métodos de rastreio efetivos e atuar em intervenção precoce, reduzindo, assim, a incidência, melhorando a sobrevida dos pacientes e aliviando a carga dessa doença no Sistema Único de Saúde.

Palavras Chave

DESCRITORES: Neoplasia; Esôfago; Epidemiologia; Prevenção.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

ANITA DOS SANTOS CARDOSO, THAIS PEREIRA DA ROSA, LAURA BITTENCOURT DE OLIVEIRA, CINTIA TOMAZ ROSA, ANA LAURA STONE AVENA DE OLIVEIRA