Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇOES PELO VIRUS DA DENGUE EM SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

A dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que permanece endêmica em algumas regiões do Brasil, tem sido uma problemática de saúde pública em Santa Catarina nos últimos anos. Apesar das campanhas de conscientização e esforços para a eliminação dos focos de desenvolvimento do mosquito, o estado tem apresentado aumentos consecutivos dos casos diagnosticados a cada ano, aumentando, consequentemente, os casos graves e internações por complicações da doença.

Objetivos

Relatar os sorotipos mais prevalentes e a incidência de internações por dengue em Santa Catarina (SC) de 2020 a 2022.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, de abordagem quantitativa e descritiva, com dados coletados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022. A análise se deu pelo total de casos prováveis de dengue em SC. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), obtidos pela plataforma DATASUS.

Resultados

Do total de 116.782 casos prováveis (11.798 em 2020, 19.508 em 2021 e 85.476 em 2022) 106 foram classificados como dengue grave, 1.743 como dengue com sinais de alarme, 111.972 como dengue, 2.701 como inconclusivo e 260 foram ignorados. No que se refere aos tipos de vírus, 5.053 infecções foram confirmadas como do sorotipo um, 394 sorotipo dois, 1 sorotipo três, 6 sorotipo quatro e 111.328 foram ignoradas. Quanto a distribuição no território catarinense, Joinville foi o município com maior incidência (16.463), seguido por Blumenau (10.517) e Chapecó (7.217). Destes casos, foram hospitalizados 2.547 pacientes (2.114 em 2022, 188 em 2021 e 245 em 2020), 98.988 não foram internados e 15.247 foram ignorados. Em 2020, observou-se 10.780 casos autóctones, 371 importados, 151 indeterminados e 496 ignorados, já em 2021 e 2022 todos casos foram ignorados.

Conclusões/Considerações Finais

A partir dos dados apresentados é possível concluir que houve um aumento significativo dos casos de 2020 e 2021 para 2022 e, consequentemente, houve também aumento das hospitalizações, o que sugere falhas nas medidas de controle do vetor da doença nos anos mais recentes.

Palavras Chave

Prevalência; Incidência; Dengue; Aedes aegypti.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

UNOESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

NATALIA DRESCH SOLDATELLI, EMERSON PELLIN, GUILHERME FRANCISCO SELARIN