Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA DAS INFECÇOES PELO VIRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA EM SANTA CATARINA

Fundamentação teórica/Introdução

Cerca de 40 anos após o primeiro diagnóstico de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), a contaminação e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), consequente à infecção, permanecem recorrentes nas populações.

Objetivos

Relatar a incidência do HIV em Santa Catarina (SC) de 2012 a 2021.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, de abordagem quantitativa e descritiva, com dados coletados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021, obtidos da plataforma DATASUS. A análise se deu pelo total de casos de AIDS notificados no SINAN (Sistema de Notificação de Agravos de Notificação), declarados no SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) e registrados no Siscel/Siclom(Sistema de Controle de Exames Laboratoriais/Sistema de Controle Logístico de Medicamentos), segundo capital de residência por ano de diagnóstico em SC.

Resultados

No período descrito houve um total de 20.626 casos de HIV notificados em Santa Catarina, sendo 13.255 no sexo masculino e 7.369 no feminino. O ano mais incidente foi 2015 (2.418), enquanto 2020 foi o de menor índice (1.480). Observou-se, a partir de 2015, uma tendência de baixa na notificação de novos casos, contudo, em 2021, na contramão desse decréscimo, ocorreu a notificação de 239 novos casos a mais que no ano anterior, aproximadamente 16,15% de aumento, também foi possível observar essa reversão de tendência em outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Com relação à escolaridade, ao observar o período compreendido entre 2012 e 2021, evidencia-se que a maioria dos casos são de pessoas que não concluíram o ensino médio, entretanto, em 2021, indivíduos que o concluíram foram a maior parte nos novos casos notificados.

Conclusões/Considerações Finais

Foi possível concluir que houve uma expressiva prevalência dos casos nos homens catarinenses nesse período, correspondentes a 64% dos casos. Ademais, outro dado relevante a esta análise, diz respeito aos diagnósticos dos anos 2020 e 2021, nos quais houve uma discordância com o padrão de decréscimo dos anos anteriores, sugerindo a hipótese de que menos diagnósticos foram feitos no ano de 2020, por interferência da pandemia, a qual afastou a população não acometida pelo coronavírus dos sistemas de saúde.

Palavras Chave

Incidência; Vírus da Imunodeficiência Humana; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; infecção.

Arquivos

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

EMERSON PELLIN, NATÁLIA DRESCH SOLDATELLI, GUILHERME FRANCISCO SELARIN